Goiás ocupa a quinta posição no ranking de unidades federativas com maior incidência para dengue, do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Em primeiro lugar está o Distrito Federal (DF), com uma incidência de 4174,1 para a doença, em segundo está Minas Gerais, com 1986,4, em terceiro aparece o Espírito Santo com 1141,1. Completam a lista com oito estados e o DF, o Paraná, Goiás, Acre, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Quando divididos por número de notificações de dengue e óbitos pela doença, três estados e Distrito Federal aparecem com os maiores números. Assim, o DF lidera com 78 mortes e 123.375 notificações. Minas Gerais é o segundo colocado com 44 óbitos confirmados e 406.999 casos prováveis, seguido por Goiás, com 37 mortes confirmadas e 87.907 casos notificados, e São Paulo com 31 mortes e 138.259 infectados pelo vírus da dengue.

Ao todo, sete estados e o DF decretaram situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos para as arboviroses, como foi o caso de São Paulo que decretou emergência na última segunda-feira (4), após recomendação do Centro de Operações Emergenciais (COE) recomendar a medida.

Já é sabido pela maioria das pessoas que o país vive uma epidemia de dengue. Já são 1.017.278 de casos prováveis da doença e 214 mortes confirmadas este ano. Além disso, a taxa de incidência já chega a 501 casos por 100 mil habitantes.

A maior preocupação da Saúde é que assim como em Goiás, os focos do mosquito Aedes aegypti – mosquito que transmite a doença – estão dentro das residências, a situação se repete em todo o país. De acordo com o Ministério da Saúde, 75% dos focos de dengue estão dentro dos domicílios.Assim, os estados desenvolvem campanhas e ações como salas de monitoramento, para combater o mosquito, que também transmite a Zica e Chikungunya.

Dados de Goiás

Goiás já contabiliza 39.096 casos confirmados de dengue em 2024, com 87.907 casos notificados, segundo o painel de controle das arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).  Ao todo, 37 mortes já foram confirmadas pelo Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses.

As mortes foram registradas em Anápolis, Luziânia, Valparaíso de Goiás, Uruaçu, Águas Lindas, Iporá, Cristalina, Goiânia, Cidade Ocidental, Novo Gama, Alto Horizonte, Aurilândia, Caldas Novas, Senador Canedo, Ceres, Planaltina, Formosa. Além desses, outros 60 óbitos estão sob investigação. Sobre o tipo mais incidente da doença,  61,5% dos casos são do sorotipo 1 e 37,9%  do sorotipo 2.

Em 2023, foram registrados 69.475 casos de dengue durante todo o ano, com 124.127 notificações e 49 óbitos confirmados. Nas 9 primeiras semanas do ano passado, foram notificados 27.471 casos. Quando comparados os casos notificados nas nove primeiras semanas de 2024 , quando esse número foi 87.872, com o mesmo período de 2023, quando o total registrado foi de 27.471, é obervado um aumento de 219% nos registros de dengue, em Goiás. 

Atualmente, 117 municípios estão em situação de emergência para arboviroses, conforme o diagrama de controle. Para ajudar no combate à dengue, foram instalados 170 gabinetes de crise nos municípios goianos.

Sinais de alerta

Com o curto tempo de duração entre os primeiros sintomas e a morte do paciente, sendo seis dias apenas em 80% dos casos, a SES-GO alerta que a população fique atenta aos primeiros sintomas da doença, que são os sinais de alerta. A orientação foi repassada pelo pelo titular da saúde, Rasível dos Reis.

A pasta destaca que os primeiros sintomas da doença são: tontura ao se levantar; dor de barriga, vômitos persistentes; em alguns casos, sangramento na gengiva e no nariz; diminuição da urina. Assim, o cidadão precisa procurar uma unidade de saúde o mais breve possível após sentir os sintomas da dengue, para evitar possíveis complicações pela doença, segundo orienta o secretário.

Rasível acrescenta que além de procurar um hospital, é importante manter o acompanhamento médico, para prevenir avanço do quadro de saúde em caso de agravamento dos sintomas. O secretário chama atenção ainda para os perigos da automedicação, que podem levar à morte do paciente infectado pelo vírus da dengue.