Dos 29 partidos, somente 16 ocupam cadeira na Câmara de Goiânia
MDB lidera em número de vereadores com seis, seguido pelo Solidariedade, com quatro; maioria das legendas que está no parlamento tem apenas um representante
Dos 29 partidos hoje registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 16 ocupam cadeiras da Câmara Municipal de Goiânia, atualmente. O parlamento goianiense tem 35 vagas de vereador – o número, contudo, será ampliado para 37 a partir de 2025.
Durante cerca de três anos desde o início da legislatura, em 2021, algumas mudanças ocorreram, como a queda de legendas por questão de fraude à cota de gênero – mas foram substituídas por outras. Algumas destas legendas “chegaram lá” com apenas uma cadeira.
Já a sigla campeã de vagas ocupadas em Goiânia é o MDB. São seis vereadores. Em seguida vem o Solidariedade, com quatro parlamentares. Com três cadeiras, estão o Avante e o Republicanos. Com duas, o DC, o Podemos, o PSD, o PMB e o PRD. Há, ainda, as siglas que só têm um vereador: PDT, PT, PSB, PSDB, Agir, PP, PL e União Brasil. Além disso, o legislador está sem partido.
As legendas que não têm nenhum nome na Casa, neste momento, são: PCdoB, Mobiliza, Cidadania, PV, PSTU, PCB, PRTB, PCO, PSOL, Novo, Rede e UP.
Mais oportunidade
Este ano, os eleitores em Goiânia vão eleger 37 vereadores e não 35. O número foi aprovado no ano passado, graças ao resultado do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022. Segundo os dados, Goiânia tem uma população de 1.437.237, o que permite o novo montante.
“A medida que a população aumenta, as demandas também, é necessário mais vereadores. A população de Goiânia nos últimos 10 anos teve um aumento considerável e por isso o aumento serve para representar melhor a população goianiense”, disse o vereador e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Henrique Alves (MDB), à época, ao Opção.
Também naquele momento, o líder do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) no parlamento, Anselmo Pereira (MDB), reforçou que não haveria impactos para o município. “Não haverá aumento de despesas. Essa Casa é um exemplo, porque sempre devolve dinheiro para os cofres públicos. Na minha gestão, eu devolvi entre R$ 15 e R$ 20 milhões e nesta do presidente Romário Policarpo (PRD) já passamos de R$ 25 milhões devolvidos.”
Pode não ser fácil…
Apesar do aumento, também cresce o desejo de ampliar cadeiras entre os presentes. O MDB, por exemplo, quer dobrar o número de cadeiras, chegando a 12. A articulação é construída entre o presidente estadual da sigla, o vice-governador Daniel Vilela, e o presidente metropolitano, Agenor Mariano.
O PL, por sua vez, tem uma meta ousada. Quer sair de uma cadeira para sete. É o que planeja o deputado federal Gustavo Gayer, que é presidente da legenda em Goiânia e pré-candidato ao paço. O parlamentar afirmou que vai abrir mão do fundo eleitoral para os postulantes ao parlamento goianiense.
“O PL é o maior partido do Brasil. Temos o maior fundo eleitoral do Brasil. É um fundão enorme. Sabe o que vou fazer com esse dinheiro? Eu vou entregar tudo para os vereadores, para vocês usarem nas campanhas”, declarou durante encontro do PL, em Goiânia, na última semana.
Professor e cientista político, Marcos Marinho explica as dificuldades. Segundo ele, pesa as diferenças entre as siglas. “Não tem como equiparar os partidos grandes com os pequenos. Alguns têm muito mais verbas que outros.”
Segundo ele, quem vai concorrer vai ter que buscar um partido que dê segurança, solidez, uma chapa competitiva e recursos, se possível, para poder tocar a campanha. “Por mais que se tenha muitos partidos, muitos não têm muito a oferecer”, destaca.