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sábado, 10 de agosto de 2024
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Meio Ambiente

Como um documentário pode despertar a Educação Ambiental

Longa de 80 minutos propõem cenas contemplativas de oito parques estaduais para despertar um novo apreço ao verde goiano

Postado em 18 de março de 2024 por Matheus Santana
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Longa de 80 minutos propõem cenas contemplativas de oito parques estaduais para despertar um novo apreço ao verde goiano | Foto: João Reynol/O HOJE

O que fazer quando o amor da natureza esbanja mais que a força necessária para se conter? Essa é a encruzilhada em que muitos artistas se encontram uma hora ou outra, preferindo meios linguísticos e artísticos para transmitir as mensagens. O jornalista Sinesio Oliveira, por exemplo, prefere o conforto das palavras em poesia alinhado com a fotografia para imergir o leitor em um mundo natural. Já o cineasta goiano Diogo Garcia preferiu esbanjar nas longas cenas contemplativas de seu documentário sobre a beleza dos parques estaduais.

O documentário Um Parque Para Viver da produtora goianiense Galápagos Filmes tem exatamente este objetivo, capturar e transmitir a beleza e a história dos parques estaduais goianos, a fim de despertar um novo sentido de preservação no telespectadores. Um curta que tem como objetivo despertar a Educação Ambiental, em outras palavras. É em parte apoiado financeiramente pelo projeto do Governo de Goiás incentivo à Cultura Programa Goyazes, da Secretaria da Cultura (Secult) em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc).

Contudo, Diogo Garcia também tem outra meta para o sua obra, a de criar um apego ao meio ambiente e, a partir dele, um novo senso de preservação e educação ambiental. Para isso, foram selecionados oito parques estaduais que serão visitados, filmados e narrados com entrevistas de especialistas nesta área. Naquele dia específico em uma trilha sem nome no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, Diogo reuniu a equipe com Sinésio Oliveira para registrar a beleza escondida da metrópole goiana. 

A partir disso, Diogo planeja criar cenas longas e estáticas com a narração de fundo que inspiram o telespectador para a descoberta do meio ambiente goiano. “A proposta da filmagem fotográfica será de momentos contemplativos de um minuto, um minuto e meio só da natureza com as entrevistas e os depoimentos das pessoas que eu estou colhendo”, relata Diogo a equipe de redação. Junto a isso, será um coletânea do escopo da natureza goiana e do pode oferecer ao desbravador, se quiser. 

Este longa de 80 minutos, um hino à beleza goiana, por se assim dizer, estará disponível ao acesso público como consta todos os programas sob o Projeto Goyazes que possui cunho social. Ele diz ainda que quando estiver pronta, prevista para o fim de outubro, será transmitida em cinemas selecionados para o público. Além disso, fará parte da coleção de mais de 50 escolas públicas do ensino estadual e estará à disposição nos acervos públicos federais.

Enquanto Diogo dizia isso à equipe, Sinésio esbanjava o seu conhecimento e a sua fascinação pelo Parque Altamiro às câmaras operadas pelo cinegrafista Agamenon Mariz. Para o jornalista, o assunto do meio ambiente e da educação ambiental vai além das discussões de possibilidade, diz como deve ser algo ativo e fundamental no processo educacional do ser humano para a preservação de ambos. “Ame a natureza como a ti mesmo, porque quando você fala em biodiversidade você discute do ar que respiramos, da água que bebemos. Nós erroneamente nos distanciamos do convívio com a natureza”, afirma o poeta.

A cegueira botânica, como diz, faz parte deste distanciamento entre o ser humano com o seu planeta que mais inflige dano a ela. É a incapacidade de entender uma árvore como um ser vivo, que respira e que se alimenta de forma muito diferente de outras espécies. “Muitas pessoas não são capazes de ter a mesma empatia com as árvores. E isso a está matando porque muitas pessoas têm a capacidade de furar e jogar veneno dentro da árvore e ela vai agonizando até morrer”. (Especial para O Hoje)

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