Após acusações de fraude em licitações na Comurg, Rogério Cruz declara que vai afastar presidente do órgão
Atividades ilícitas estariam acontecendo desde 2022
Durante coletiva de imprensa, ocorrida nesta quarta-feira (20/3), Rogério Cruz (Republicanos), prefeito de Goiânia, divulgou que afastará Alisson Borges, presidente da Companhia de Urbanização (Comurg). Além dele, sua respectiva diretoria também sofrerá afastamento. A decisão veio após Borges ser foco de operação da Polícia Civil, responsável por investigar um suposto esquema de fraudes em licitações e contratos na Prefeitura de Goiânia.
“Todos os indivíduos envolvidos no processo serão afastados”, declarou o administrador municipal.
A operação
A ação foi deflagrada nesta quarta-feira (20/3) e foram cumpridos, em sua totalidade, 32 mandados judiciais. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), a Secretaria Municipal de Administração (Semad) e a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) foram escopo de busca e apreensão.
Na casa de Alisson Borges, o montante de R$ 431 mil foi encontrado em forma de cédulas (distribuídas entre duas moedas: real e dólar), cartões de crédito e artigos de luxo, como relógios.
Em nota, a Seinfra assegurou que a Prefeitura de Goiânia colabora com as investigações. “A Prefeitura de Goiânia informa que colabora com as investigações da Polícia Civil e está contribuindo com o acesso de equipes de policiais aos locais que estão sendo visitados para coleta de equipamentos ou documentos. A Prefeitura de Goiânia reúne informações sobre o objeto das investigações para prestar todos os esclarecimentos com transparência. A Prefeitura de Goiânia reforça o seu compromisso com a transparência pública e acredita na elucidação dos fatos por parte das forças policiais de investigação”, diz a nota.
Posicionamento de Rogério Cruz
Em resposta à imprensa, o gestor atestou que a Prefeitura contribuirá, de maneira transparente, com o prosseguimento do inquérito. “A Prefeitura de Goiânia recebeu com tranquilidade e transparência a ação da Polícia Civil, tanto aqui no Paço Municipal, quanto nos órgãos fora do Paço. E as atitudes serão tomadas de acordo com o inquérito e apontamento da Polícia Civil”, defendeu ele.
Ainda, Cruz esclareceu que a Prefeitura não é o foco da investigação — os alvos seriam, então, pessoas físicas que prestam serviços ao Paço Municipal. “Nenhum valor ou objeto de valor foi encontrado em órgão da Prefeitura, em repartição pública”, completou.