Nos bastidores da política goianiense o assunto predominante é o recente encontro de vários representantes da base caiadista com o pré-candidato à prefeitura de Goiânia, senador Vanderlan Cardoso (PSD). Embora à primeira vista possa parecer um gesto protocolar, de boa vizinhança, muitos observadores acreditam que esse encontro tem um significado profundo. Especialmente em um contexto no qual o governador Ronaldo Caiado ainda hesita em relação à escolha de um nome para a disputa municipal que se aproxima.

As movimentações em busca de uma alternativa mais “viável” surgem após o recuo do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, da corrida eleitoral. Além disso, surgiram divergências significativas em relação ao suposto ‘escolhido’. Entre as opções discutidas, há um consenso de que a maioria não demonstra apoio ao nome do ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB), e, caso ele receba o respaldo do governador, sua entrada na disputa pode ser recebida com certa reserva.

No entanto, há uma parcela que expressa descontentamento em relação à possibilidade de Ana Paula Rezende (MDB) ser a escolhida pelo governador. Vale ressaltar que, publicamente, a filha de Iris Rezende Machado afirmou no ano passado que não participaria das eleições de 2024. Ela também expressou gratidão ao governador Ronaldo Caiado, afirmando que ele estaria sem dúvida ao seu lado caso decidisse concorrer.

Por outro lado, a reportagem do jornal O HOJE destacou que Vanderlan começou a indicar que está realmente na briga. O senador iniciou uma série de ações pela capital, mesmo com algumas incertezas pairando sobre sua participação no pleito. Inicialmente, ele era considerado o nome mais provável na corrida por Goiânia. No entanto, após várias conversas com o grupo do Partido dos Trabalhadores, que tem como representante a pré-candidata Adriana Accorsi, Cardoso parece ter diminuído o ritmo.

Nos corredores do poder, há rumores de que Vanderlan estaria principalmente em fase de “negociação”. Apesar de ser bem avaliado na capital, o senador pode estar considerando uma estratégia politicamente mais sólida: concorrer ao governo de Goiás em 2026. Se optar por esse caminho, seria mais vantajoso recuar agora e assegurar o apoio do grupo petista na corrida daquele ano. No entanto, por enquanto, tudo não passa de especulação. 

Na contramão disso, para alguns observadores, os indícios são bastante claros: o membro do PSD estará sim na disputa. Esse argumento ganhou força com base nas recentes atividades do senador na capital. Um outro detalhe importante é que Vanderlan só arregaçou as mangas depois que uma ala do PSD passou a considerar a hipótese de apoiar o nome indicado pelo governo. Uma possibilidade que segundo fontes ligadas ao partido só seria consolidada se o senador firmasse um acordo com a esquerda. 

Retomando, porém, o foco nas decisões do governador, após os recentes movimentos de seus aliados, há indicações de que ele dará sinais mais evidentes de suas intenções nos próximos dias, logo após seu retorno da viagem a Israel.