Única vereadora de Aparecida se coloca como ‘escudo’ de Vilmar
Camila Rosa descarta ser vice do emedebista e reafirma que vai correr pela reeleição à Câmara
Antes de chegar à Câmara Municipal em 2020 pelo PSD, Camila Rosa tentou a vereância duas vezes pelo PTB. Quatro anos atrás, praticamente dobrou os votos que teve quando tentou, em 2008 e 2012, obtendo 2.378 votos, sendo a 10ª mais votada entre os 660 candidatos.
Ela não foi a única mulher a ser eleita vereadora em 2020. Valéria Pettersen, pelo MDB, chegou ao cargo, mas, por força do próprio hábito, se afastou para assumir secretarias em Goiânia e em Aparecida, na gestão de Rogério Cruz e Vilmar Mariano, respectivamente.
Ano passado Camila teve de posicionar-se quanto a afirmar, ou negar, se seria vice na chapa de reeleição de Vilmarzinho este ano. Como vereadora, Rosa é um dos nomes da base mais próximos ao Palácio Maguito Vilela, sede do governo municipal aparecidense.
Em entrevista por telefone ao jornal O Hoje na quarta-feira (20), Camila Rosa voltou a comentar se, ainda, ouve o burburinho de que poderia tornar-se vice de Vilmar Mariano. “É uma composição de grupo. São várias maneiras que a gente vê essa recomposição”, disse, antes de seguir: “É provável que eu vá à reeleição. Por enquanto, é para reeleição”.
Sobre críticas à gestão de Vilmar Mariano, ela reconhece que faz parte de uma corrida eleitoral ou mesmo antes de uma disputa. “Esses problemas não surgem apenas no ano eleitoral”. E reconhece: “A gente não deve deixar o andar da carruagem, a gestão, e cito Hmap, Caps, Cmeis, tudo da rede da educação. Não temos nenhuma UBS sem funcionamento. Nós vamos entregar o hospital municipal, que vai ser a maternidade”.
Como vereadora que caminha pé a pé pelos bairros e eventos pela cidade, ela cita, ainda: “Outra realidade é a Tea, referência para tratamento para autista e crianças que têm déficit intelectual. Temos muitos argumentos para a população que existe continuidade [de trabalhos de Maguito Vilela e, claro, Gustavo Mendanha].”
E retorna ao assunto dos problemas que os oposicionistas levantam. “Oposição vai ter. Mas nós vamos mostrar o que estamos fazendo”, repete a vereadora. A reportagem quer saber, ainda, sobre a sua expectativa para o pleito, sabendo das dificuldades que, em meio à corrida predominantemente masculina, lhe impõe.
“Nunca tive um local com densidade eleitoral. Todas as urnas contam votos, pelo menos uma. Tenho abraçado pautas, como combate à violência contra a mulher. Não existe, de fato, uma base eleitoral. Sou vereadora, conheço a cidade, a realidade dos moradores. Minha base eleitoral é Aparecida”, explica ela.
Camila conta também que superou o episódio em que levou à polícia a violência política que sofreu pelo presidente da Câmara, André Fortaleza, durante uma discussão. “Virei a página sobre o episódio”, relata ela que inclusive tem, de maneira recíproca, trabalhando em conjunto ao presidente da Casa projetos “para Aparecida”. “Ele até viria para o PSD, partido do qual faço parte, a pedido do Vanderlan Cardoso. A gente supera tudo em benefício da nossa cidade”, ensina.