Após ter passaporte apreendido pela PF, Bolsonaro se escondeu em embaixada húngara, afirma o NYT
Jornal estadunidense teve acesso a vídeos das câmeras de segurança da embaixada, onde Bolsonaro ficou por dois dias
Quatro dias após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal, Jair Bolsonaro permaneceu na Embaixada da Hungria, em Brasília, durante dois dias. A informação é do The New York Times.
Em concordância com o jornal, o primeiro registro do ex-presidente do Brasil teria ocorrido na segunda-feira do feriado de Carnaval (12/3), quando ele chegou à Embaixada acompanhado por dois seguranças. Lá, ele foi recebido por Miklos Tamás Halmai, embaixador húngaro.
Segundo o texto, foi solicitado, a funcionários da embaixada, que não trabalhassem presencialmente — a princípio, os colaboradores deveriam voltar aos seus encargos em 15 de fevereiro, um dia após o término do feriado de Carnaval. Entretanto, eles foram aconselhados aderirem ao regime home-office durante o restante da semana, sem que houvesse elucidação dos motivos.
Asilo político?
Uma fonte anônima disse, ao jornal, que a equipe da embaixada teria um plano para abrigar Jair Bolsonaro, servindo, dessa forma, como asilo político. Assim, caso pedissem a prisão do ex-presidente, ele não poderia ser detido, visto que a embaixada é reconhecida como território estrangeiro em solo nacional.
Laços com a extrema-direita
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, é próximo de Bolsonaro e já chegou a chamá-lo de “irmão”. Além disso, após a apreensão do passaporte de Jair Messias, Órban e manifestou em suas redes sociais, declarando apoio ao brasileiro. “Um verdadeiro patriota. Continue lutando, presidente”, publicou.
Ademais, em dezembro de 2023, os dois se reencontraram na posse de Javier Milei, quando o premier da Hungria chamou Bolsonaro de “herói”.