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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Controvérsia

Em entrevista, delegado que teria trazido obstáculos ao caso Marielle fez menção a filho de Bolsonaro

Delegado implicado no caso Marielle mencionou suposto relacionamento entre filho de Bolsonaro e acusado do crime, levantando questionamentos sobre possível desvio de foco nas investigações

Postado em 29 de março de 2024 por Isadora Miranda
Delegado implicado no caso Marielle mencionou suposto relacionamento entre filho de Bolsonaro e acusado do crime

O delegado Giniton Lajes, um dos alvos da recente operação da Polícia Federal no caso Marielle Franco (PSOL), foi apontado, no relatório que embasou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como o nome indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, para dirigir as investigações de forma a não revelar os mandantes do crime.

Em 2019, Giniton causou polêmica ao trazer à tona um suposto namoro entre um dos filhos de Jair Bolsonaro e a filha de Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora. À imprensa, o delegado minimizou a importância do fato, afirmando que seria enfrentado em momento oportuno.

Depois, foi revelado que Jair Renan, o filho “04” de Bolsonaro, era o envolvido no relacionamento. Entretanto, ele não foi citado nas investigações da PF. O único filho do ex-presidente mencionado no relatório foi o senador Flávio Bolsonaro.

Segundo investigadores, a menção do suposto namoro visava desviar o foco dos mandantes do crime de Marielle, apontados pela Polícia Federal como os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos recentemente.

De acordo com a PF, Giniton é apontado como responsável por viabilizar a garantia da impunidade dos assassinos de Marielle Franco. 

Embora não tenha sido preso, o delegado tem que usar tornozeleira eletrônica e foi afastado de seus cargos, além de ter sido alvo de busca e apreensão. 

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