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sábado, 10 de agosto de 2024
Controvérsia

Em entrevista, delegado que teria trazido obstáculos ao caso Marielle fez menção a filho de Bolsonaro

Delegado implicado no caso Marielle mencionou suposto relacionamento entre filho de Bolsonaro e acusado do crime, levantando questionamentos sobre possível desvio de foco nas investigações

Postado em 29 de março de 2024 por Isadora Miranda
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Delegado implicado no caso Marielle mencionou suposto relacionamento entre filho de Bolsonaro e acusado do crime

O delegado Giniton Lajes, um dos alvos da recente operação da Polícia Federal no caso Marielle Franco (PSOL), foi apontado, no relatório que embasou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como o nome indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, para dirigir as investigações de forma a não revelar os mandantes do crime.

Em 2019, Giniton causou polêmica ao trazer à tona um suposto namoro entre um dos filhos de Jair Bolsonaro e a filha de Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora. À imprensa, o delegado minimizou a importância do fato, afirmando que seria enfrentado em momento oportuno.

Depois, foi revelado que Jair Renan, o filho “04” de Bolsonaro, era o envolvido no relacionamento. Entretanto, ele não foi citado nas investigações da PF. O único filho do ex-presidente mencionado no relatório foi o senador Flávio Bolsonaro.

Segundo investigadores, a menção do suposto namoro visava desviar o foco dos mandantes do crime de Marielle, apontados pela Polícia Federal como os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos recentemente.

De acordo com a PF, Giniton é apontado como responsável por viabilizar a garantia da impunidade dos assassinos de Marielle Franco. 

Embora não tenha sido preso, o delegado tem que usar tornozeleira eletrônica e foi afastado de seus cargos, além de ter sido alvo de busca e apreensão. 

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