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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Saúde

Clínicas populares são opção diante de altos preços de planos de saúde

Ao comentar com a reportagem do jornal O Hoje sobre a escolha por essa modalidade de atendimento em saúde, a administradora Bruna Caetano destaca que os planos de saúde não compensam devido aos altos valores

Postado em 30 de março de 2024 por Ronilma Pinheiro
Dentre as especialidades mais procuradas pelos pacientes em clínicas populares

Bruna Caetano é administradora e conheceu as clínicas populares enquanto procurava por atendimento mais barato do que o oferecido por planos de saúde convencionais. Ao comentar com a reportagem do jornal O Hoje sobre a escolha por essa modalidade de atendimento em saúde, a mulher destaca que os planos de saúde não compensam para ela devido aos altos valores. “Então, pra mim, pagar uma consulta avulsa sai mais em conta”, afirma. “Prefiro a clínica popular por ter especialista, ser atendimento mais rápido e melhor”, acrescenta. 

A administradora diz ainda que no caso do plano de saúde, o valor da mensalidade pode ficar mais cara dependendo do uso. “No meu caso, a clínica popular atende melhor pois procuro pelo especialista e pago avulso quando preciso”, comenta.

O responsável técnico por uma clínica popular em Goiânia, Irineu Melo explica que as clínicas populares surgiram justamente para atender  com qualidade e eficiência essa parcela da população que não consegue receber um bom atendimento no Sistema Único de Saúde e não tem condições de pagar pelos altos preços cobrados pelos planos de saúde particulares.

Melo salienta que o atendimento do paciente  em uma clínica popular é o mesmo de uma unidade que cobra valores mais altos em consultas. “A única diferença seria o preço praticado. Buscamos atender com a mesma qualidade e eficiência”, afirma. 

Dentre as especialidades mais procuradas pelos pacientes em clínicas populares, o atendimento oftalmológico ganha destaque, de acordo com o responsável técnico. Segundo ele, como muitas pessoas não têm condições de contratar planos de saúde, essas pessoas acabam intercalando entre os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e as clínicas populares. “As clínicas populares vem para atender a demanda de quem utiliza o SUS, mas precisa de um atendimento melhor e mais rápido”, pontua.

Nesta busca por melhores preços e atendimentos que sobressaem o SUS, os serviços prestados pelas clínicas populares ganham cada vez mais espaço no setor de atendimentos médicos no país. Um levantamento recente divulgado pelo Datafolha, revelou que a saúde é a área que mais “tira o sono” dos brasileiros. Isso porque, os planos de saúde em sua grande maioria, são inacessíveis para a maior parte da população, já que custam cada vez mais caro, com isso resta a rede pública de saúde.

51 milhões de pessoas tinham plano de saúde no final de 2023, isso representa 25% da população, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os outros 75% dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), o que muitas vezes é um problema, já que as filas no SUS por determinados atendimentos são longas, impossibilitando os atendimentos de emergências. Devido a quantidade de usuários, aguardar três ou cinco meses por uma consulta na rede pública é algo recorrente.

O especialista fala das clínicas populares como uma terceira via entre planos de saúde, SUS e as clínicas populares. “Esses espaços oferecem consultas e exames a preços acessíveis, com especialistas capacitados, sem que seja necessário esperar meses para ser atendido”, destaca, ao afirmar que a ideia é democratizar o acesso aos serviços de saúde de boa qualidade. 

Segundo o responsável técnico, esses espaços oferecem especialistas em saúde da família, dermatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, nutrição e fonoaudiologia. Irineu Melo afirma que os preços acessíveis chamam a atenção, mas a qualidade se destaca. “O paciente até nos procura uma primeira vez porque os valores dos nossos serviços cabem no bolso dele, mas ele só volta porque sai satisfeito. Nós trabalhamos de forma humanizada e integrada, priorizando sempre a qualidade do atendimento e é isso que conquista”, afirma o especialista, ao dizer que não basta democratizar o acesso à saúde, se o serviço prestado não for de boa qualidade.

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