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sábado, 23 de novembro de 2024
Perda

Piloto que morreu na queda de avião em Jundiaí estudou na PUC

Ângelo Chaves Pucci, piloto de 44 anos, era um “profissional exemplar e responsável”, segundo a empresa em que trabalhava

Postado em 1 de abril de 2024 por Ronilma Pinheiro
Natural de Goiás

Ângelo Chaves Pucci, piloto de 44 anos, que morreu em decorrência da queda de um avião em São Paulo, era apaixonado por aviação. Segundo a empresa para a qual trabalhava, era um “profissional exemplar e responsável”, segundo uma nota divulgada pela empresa multinacional chinesa, para a qual trabalhava, a HKTC do Brasil S/A, que possui sede em Hong Kong.

Em um trecho da nota divulgada nas redes sociais da Multinacional, a empresa diz: “A família HKTC está em luto, Ângelo era um profissional exemplar, responsável, comprometido e apaixonado por aviação. A perda é imensurável. Nesse momento estamos totalmente voltados a prestar a assistência necessária à família do Ângelo.”

Natural de Goiás, o piloto era formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiânia e tinha inscrição como estagiário na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Após a queda da aeronave, uma operação foi montada pela  Força Aérea Brasileira (FAB), juntamente com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil de São Paulo e a Guarda Civil de Jundiaí, para encontrar o piloto que desapareceu enquanto sobrevoava a Serra do Japi, no interior de SP. No sábado (30), o corpo do piloto e os destroços da aeronave foram encontrados. Apesar de Ângelo Pucci estar sozinho no momento do acidente, o avião é do modelo Piper Seneca, prefixo PT-WLP, com capacidade para seis pessoas.

A aeronave havia decolado no início da manhã de quinta-feira (28) de Jundiaí (SP) com destino ao Aeroporto do Campo de Marte, na capital paulista. De acordo com a apuração, o piloto não conseguiu pousar no Aeroporto do Campo de Marte porque tinha óleo na pista, e devido a esse problema, ele retornou a Jundiaí. Enquanto sobrevoava a região da Serra do Japi, ele perdeu o contato e a aeronave sumiu do radar.

De acordo com as autoridades, o piloto chegou a realizar o último contato via rádio quando o avião sobrevoava justamente a Serra do Japi, isso por volta das 23h de quinta-feira (28). Às 15h de sexta-feira (29) a PM foi acionada para ocorrência de possível queda de avião na região. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava em situação normal de aeronavegabilidade. Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), informou que o bimotor estava com documentação em dia e em condições de aeronavegabilidade.

O avião caiu em uma zona de mata fechada, com terreno abrupto, na Serra do Japi. O local onde o corpo foi encontrado, fica a cerca de 7 km do Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, de Jundiaí, de acordo com as equipes de resgate.

Ainda não há informações sobre o que pode ter causado a queda da aeronave. O que se sabe até este domingo (31), é que os materiais coletados no local das buscas foram encaminhados ao aeroporto de Jundiaí a pedido da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável pelo caso.

A empresa que administra o aeroporto, Rede VOA, também se manifestou sobre o caso e disse que o avião chegou ao local na quarta-feira do dia 27 de março de 2024, às 18h13, e decolou no dia seguinte, quinta-feira do dia 28 de março de 2024, por volta das 20h15.

Quando a aeronave havia chegado perto do Campo de Marte, onde deveria pousar, o piloto informou ao controle que iria retornar ao Aeroporto de Jundiaí devido à inoperância do aeroporto da capital, segundo a empresa.

No entanto, na manhã de sexta-feira (29) foi constatado pela manhã que a aeronave não havia chegado ao destino, e a partir disso, os órgãos públicos foram acionados para esclarecimento dos fatos. A empresa diz ainda que se colocou à disposição junto aos órgãos públicos, coordenando em tempo real a troca de informações através de seu Centro de Controle Operacional.

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