Piloto que morreu na queda de avião em Jundiaí estudou na PUC
Ângelo Chaves Pucci, piloto de 44 anos, era um “profissional exemplar e responsável”, segundo a empresa em que trabalhava
Ângelo Chaves Pucci, piloto de 44 anos, que morreu em decorrência da queda de um avião em São Paulo, era apaixonado por aviação. Segundo a empresa para a qual trabalhava, era um “profissional exemplar e responsável”, segundo uma nota divulgada pela empresa multinacional chinesa, para a qual trabalhava, a HKTC do Brasil S/A, que possui sede em Hong Kong.
Em um trecho da nota divulgada nas redes sociais da Multinacional, a empresa diz: “A família HKTC está em luto, Ângelo era um profissional exemplar, responsável, comprometido e apaixonado por aviação. A perda é imensurável. Nesse momento estamos totalmente voltados a prestar a assistência necessária à família do Ângelo.”
Natural de Goiás, o piloto era formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiânia e tinha inscrição como estagiário na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Após a queda da aeronave, uma operação foi montada pela Força Aérea Brasileira (FAB), juntamente com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil de São Paulo e a Guarda Civil de Jundiaí, para encontrar o piloto que desapareceu enquanto sobrevoava a Serra do Japi, no interior de SP. No sábado (30), o corpo do piloto e os destroços da aeronave foram encontrados. Apesar de Ângelo Pucci estar sozinho no momento do acidente, o avião é do modelo Piper Seneca, prefixo PT-WLP, com capacidade para seis pessoas.
A aeronave havia decolado no início da manhã de quinta-feira (28) de Jundiaí (SP) com destino ao Aeroporto do Campo de Marte, na capital paulista. De acordo com a apuração, o piloto não conseguiu pousar no Aeroporto do Campo de Marte porque tinha óleo na pista, e devido a esse problema, ele retornou a Jundiaí. Enquanto sobrevoava a região da Serra do Japi, ele perdeu o contato e a aeronave sumiu do radar.
De acordo com as autoridades, o piloto chegou a realizar o último contato via rádio quando o avião sobrevoava justamente a Serra do Japi, isso por volta das 23h de quinta-feira (28). Às 15h de sexta-feira (29) a PM foi acionada para ocorrência de possível queda de avião na região. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava em situação normal de aeronavegabilidade. Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), informou que o bimotor estava com documentação em dia e em condições de aeronavegabilidade.
O avião caiu em uma zona de mata fechada, com terreno abrupto, na Serra do Japi. O local onde o corpo foi encontrado, fica a cerca de 7 km do Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, de Jundiaí, de acordo com as equipes de resgate.
Ainda não há informações sobre o que pode ter causado a queda da aeronave. O que se sabe até este domingo (31), é que os materiais coletados no local das buscas foram encaminhados ao aeroporto de Jundiaí a pedido da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável pelo caso.
A empresa que administra o aeroporto, Rede VOA, também se manifestou sobre o caso e disse que o avião chegou ao local na quarta-feira do dia 27 de março de 2024, às 18h13, e decolou no dia seguinte, quinta-feira do dia 28 de março de 2024, por volta das 20h15.
Quando a aeronave havia chegado perto do Campo de Marte, onde deveria pousar, o piloto informou ao controle que iria retornar ao Aeroporto de Jundiaí devido à inoperância do aeroporto da capital, segundo a empresa.
No entanto, na manhã de sexta-feira (29) foi constatado pela manhã que a aeronave não havia chegado ao destino, e a partir disso, os órgãos públicos foram acionados para esclarecimento dos fatos. A empresa diz ainda que se colocou à disposição junto aos órgãos públicos, coordenando em tempo real a troca de informações através de seu Centro de Controle Operacional.