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quinta-feira, 7 de novembro de 2024
Decidido

Bolsonaro crava Gayer em Goiânia e descarta espaço de vice para o PL

Caiado afirmou que onde o PL e o União Brasil estiverem no segundo turno, deve haver compromisso de apoio mútuo

Postado em 5 de abril de 2024 por Redação
Caiado afirmou que onde o PL e o União Brasil estiverem no segundo turno

Em visita a Goiânia nesta quinta-feira (4), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cravou o nome do deputado federal Gustavo  Gayer (PL) como pré-candidato a prefeito da Capital e descartou a chance de o partido formar uma aliança com outra legenda e indicar um candidato a vice nas eleições deste ano. 

O nome de Gayer vinha sendo alvo de especulação sobre se seria viabilizado pelo PL ou não. Até o ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL) foi colocado como alternativa ao correligionário. “Aqui não tem troca troca não”, disse Bolsonaro durante o encontro estadual do PL nesta quinta-feira. Sobre possível formação de chapa com Sandro Mabel (União Brasil), Gayer respondeu que “não tem possibilidade”. “O PL vai ter candidatura própria e eu sou o candidato”, afirmou. 

Provável pré-candidato a presidente da República em 2026 e, portanto, um dos nomes que devem buscar o espólio de Bolsonaro, o governador Ronaldo Caiado (UB) também participou do evento no Parque de Exposições Agropecuárias de Goiânia e afirmou ser um político de direita e que andará junto com a direita. 

Caiado afirmou que onde o PL e o União Brasil estiverem no segundo turno, existe um compromisso de apoio mútuo “para fortalecer a direita”, mesmo que se enfrentem em algum momento, deve haver união, segundo o governador. A respeito de conversas sobre as eleições de 2026, Caiado disse que ainda é preciso passar por 2024. “Não temos tempo para isso. Agora, as articulações são perenes”, declarou em entrevista aos jornalistas.

O governador não tem escondido o desejo de disputar o Palácio do Planalto. “Você não pode vir e falar: olha, eu quero. É lógico que em quem o Bolsonaro puser a mão vai para o segundo turno. Nós sabemos disso, mas tem que ter uma construção”, afirmou.

Em discurso, Jair Bolsonaro afirmou sentir-se “acusado de tudo” e relacionou as investigações sobre a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2022 à disseminação de “fake news”. Ele destacou sua busca por agir corretamente e mencionou que faz orações diárias para evitar que o Brasil se relacione aos países como Cuba, Venezuela e Coreia do Norte. “Peço ao bom Deus que nós não venhamos sentir as dores do comunismo”, disse.

Sobre a questão de sua inelegibilidade, declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado, disse: “Na guerra política, muitas vezes se põe fora das quatro linhas [da Constituição], como, por exemplo, inelegibilidade com quem se reuniu com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão”, afirmou.

“Sou acusado de tudo, até da maior fake news da história do Brasil, até dessa coisa chamada de golpe. Eu não fui tirado da cadeia e nem descoordenado para ser candidato. Eu não ando com ditadores, para ser acusado de ser ditador. Procuro fazer a coisa certa.”

Além disso, o ex-presidente reiterou crer na eleição de Donald Trump como próximo presidente dos Estados Unidos nas eleições americanas deste ano, afirmando que isso seria benéfico para o Brasil e o mundo. Trump, caso se viabilize, concorrerá com o atual presidente dos EUA, Joe Biden, em um repeteco da eleição de 2020. 

Ainda durante o evento desta quinta, Bolsonaro também defendeu a exclusão do ensino sobre ideologia de gênero nas escolas, enfatizando que o principal patrimônio são as crianças. Ele disse que a escola deve ser um local de instrução, e não de militância, e destacou a importância de cuidar das futuras gerações para que possam suceder os atuais líderes. Ao encerrar seu discurso, reafirmou compromisso com a defesa da pátria, repetindo o mantra: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

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