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domingo, 22 de dezembro de 2024
Eleições

A missão de Eerizania Freitas na disputa pela prefeitura de Anápolis

Evento do União Brasil ocorre na noite desta quarta-feira com expectativa para reafirmação do nome de ex-secretária à disputa

Postado em 3 de julho de 2024 por Yago Sales
Mesmo sem crescer nas pesquisas

A agenda política pré-eleitoral em Anápolis tem mais um boom nesta quarta-feira (2) com evento do União Brasil, encabeçado pelo presidente da sigla, o governador Ronaldo Caiado. Ali vai estar a nata da política do Palácio das Esmeraldas para, entre outros motivos, o lançamento da pré-candidatura do nome governista – tanto da prefeitura quanto do estado – à prefeitura anapolina. 

Mesmo sem crescer nas pesquisas, Eerizania Freitas (União Brasil) é o nome do atual prefeito Roberto Naves (Republicanos), com chancela do governador. Ela é ex-secretária de Naves nos dois mandatos. 

O evento do União Brasil, ainda, e sobretudo, vai ser mais uma oportunidade de Caiado, e sua base, demonstrar força ante ao projeto maior do morador da Casa Verde: 2026, quando ele vai tentar ser o nome do UB à corrida, contra a reeleição do petista Lula da Silva, ao Palácio do Planalto. 

Vale lembrar que o governador goiano corre contra o tempo – sim, já está relativamente próximo 2026 – para tornar-se o nome fortalecido da direita brasileira contra a esquerda. E, claro, com a herança do espólio político-eleitoral do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. 

Em meio a tudo, a estratégia de Caiado e seu staff político é angariar força nos municípios goianos com a vitória de candidatos da base. E, em Anápolis, o nome é da Eerizania Freitas. Lá, há uma discussão sobre a viabilidade de sua candidatura, que fica em meio ao peso pesado do deputado estadual Antônio Gomide que, inclusive, já foi prefeito – e vereador na cidade. 

Gomide aparece predominante e unanimemente à frente nas pesquisas eleitorais da cidade. De qualquer maneira, Anápolis conta com outro nome bem próximo do governo: Márcio Correa que, agora, filiado ao Partido Liberal de Valdemar Costa Neto, ou melhor, de Jair Messias Bolsonaro, é o nome bolsonarista por lá. Márcio, no entanto, era emebebista. 

Amigo do vice-governador e presidente estadual do MDB Daniel Vilela, seria o candidato apropriado. Há, no entanto, uma pedra no meio do caminho desta parceria: Vilela vai ser candidato ao governo em 2026 com probabilidade de o presidente estadual do PL, o senador Wilder Morais, também concorrer à vaga. 

Antes havia outro bolsonarista na corrida: Márcio Cândido, vice-prefeito de Anápolis. Ele, que é pastor da Assembleia de Deus, tinha apoio total do segmento com direito a reunião com Caiado para bancá-lo na corrida. Não deu. Nem o próprio Roberto Naves cedeu, dando a chave para  Eerizania Freitas. 

Tem gente que entende, ou diz que entende, de política em Anápolis que corre, à boca miúda, uma frase interrogativa: “Eerizania Freitas pode ser a nova Vilmar Mariano”. 

Sem crescer nas pesquisas, ela poderia ser chamada de canto para desistir de concorrer. No caso, Vilmar Mariano, prefeito de Aparecida, foi preterido por nome mais afável ao vice-governador e ao ex-prefeito Gustavo Mendanha: Leandro Vilela. “Muita água”, comenta um vereador, “vai passar por debaixo da ponte no evento que ocorre na noite desta quarta-feira em Anápolis”.  E muita conversa em gabinete com folhas de pesquisas em salas de portas fechadas.

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