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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Negócios

Dieese aponta que 10 capitais têm aumento na cesta básica

Maior alta ocorreu no Rio de Janeiro, foi apontado um aumento de 2,22%

Postado em 5 de julho de 2024 por Eduarda Leão
Entre os principais fatores que contribuíram para o aumento no custo da cesta estão o leite integral

Dez capitais brasileiras apresentaram aumento no custo médio da cesta básica em junho deste ano, conforme revelado pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada em 17 capitais e divulgada hoje (4) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em São Paulo. Nas outras sete capitais analisadas, houve queda nos preços dos itens essenciais.

O maior aumento foi registrado no Rio de Janeiro (2,22%), seguido por Florianópolis (1,88%), Curitiba (1,81%) e Belo Horizonte (1,18%). Em contrapartida, as principais reduções ocorreram em Natal (-6,38%) e Recife (-5,75%).

Entre os principais fatores que contribuíram para o aumento no custo da cesta estão o leite integral, que teve elevação de preço em 16 das 17 cidades pesquisadas, além da batata e do café em pó. O leite apresentou variação de 2,80% em Natal a 12,46% em Goiânia, enquanto o quilo do café em pó teve aumento em 15 capitais, com os maiores reajustes observados em Natal (10,48%) e Fortaleza (10,30%).

São Paulo continuou sendo a cidade com a cesta básica mais cara do país em junho, custando em média R$ 832,69. Em seguida, estão Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86). Nas regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).

Com base na cesta de maior custo, que foi a de São Paulo em junho, e considerando a determinação constitucional de que o salário mínimo deve suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário em maio deveria ser de R$ 6.995,44, equivalente a 4,95 vezes o valor do salário mínimo vigente, que é de R$ 1.412,00.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. Dessa forma, a pesquisa foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV) e, ao longo dos anos, foi ampliada para outras capitais. Hoje, é realizada em 17 Unidades da Federação e auxilia na comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.

Goiás

Segundo a Dieese, em maio de 2024, o custo da cesta básica da cidade de Goiânia foi o décimo maior no ranking entre as 17 cidades pesquisadas, chegando a R$ 704,51, com alta de 0,50% em relação a abril.

Na comparação com maio de 2023, o valor da cesta teve ligeiro decréscimo de – 0,05% e acumulou aumento de 5,25% nos cinco primeiros meses do ano. Já entre abril e maio de 2024, oito dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram alta nos preços médios: batata (17,92%), café em pó (6,31%), tomate (3,67%), leite integral (2,12%), óleo de soja (1,05%), carne bovina de primeira (0,79%), pão francês (0,57%) e açúcar cristal (0,23%). Além disso, o preço do arroz agulhinha se estabilizou (0,00%) e outros quatro alimentos apresentaram redução: banana (-15,37%), farinha de trigo (-0,86%), feijão carioquinha (-0,75%), e manteiga (-0,63%).

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