9 de Julho é feriado em São Paulo; entenda o motivo
Data marca o dia da Revolta Constitucionalista
No dia 9 de julho, São Paulo celebra a Revolução Constitucionalista de 1932, um marco na história política brasileira. 9 de Julho é feriado em São Paulo; entenda motivo
A princípio, este feriado exclusivo para os paulistas recorda o movimento armado que expressou a insatisfação com o governo provisório de Getúlio Vargas, iniciado dois anos antes.
Primeiramente, a revolta teve origem na agitação política nacional. O governo federal implementava medidas centralizadoras, como a nomeação de interventores estaduais, o que gerava conflitos com as oligarquias locais. Em resposta, a Frente Única Paulista (FUP) exigiu a constitucionalização do país e a nomeação de um interventor civil e paulista.
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O ápice da tensão ocorreu em 23 de maio de 1932, quando quatro estudantes de Direito, conhecidos como MMDC, morreram em um confronto entre manifestantes constitucionalistas e partidários do governo. Esse evento precipitou a revolta armada que eclodiu em 9 de julho daquele ano.
Logo depois, liderados por tropas paulistas, os constitucionalistas resistiram por três meses até se renderem em 2 de outubro de 1932. Apesar da derrota militar, a Revolução Constitucionalista deixou um legado significativo ao fortalecer a luta pela democracia e pela autonomia estadual.
A data de 9 de julho foi oficialmente instituída como feriado em São Paulo pela Lei 9.497 de 1997, sancionada pelo governador Mário Covas. Anualmente, o governo paulista realiza um desfile cívico-militar para relembrar os eventos que marcaram a história do estado e do país.