Araújo Jorge realizará sessão solene para entrega de laringes eletrônicas
O evento integra as atividades da campanha Julho Verde, voltada para a conscientização sobre tumores de cabeça e pescoço
Nesta terça-feira (23/7), o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ) realizará uma sessão solene para a entrega de laringes eletrônicas a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento terá início às 09h30 no auditório da instituição e integra as atividades da campanha Julho Verde, voltada para a conscientização sobre tumores de cabeça e pescoço.
O HAJ começou a padronizar a distribuição dessas laringes eletrônicas em 2021. Após a incorporação do dispositivo no rol de procedimentos do SUS, uma regularização que ocorreu este ano. “Existem três modalidades de reabilitação da voz, e a laringe eletrônica é uma das opções para pacientes que passaram por laringectomia total. Antes, o SUS não fornecia esse aparelho, e os pacientes não tinham acesso a ele.
O Hospital e a Secretaria de Saúde fizeram um acordo para disponibilizar o aparelho, o que representa um avanço significativo tanto para os pacientes quanto para a instituição,” destacou a fonoaudióloga Juliana Monteiro.
Juliana explicou que, além da laringe eletrônica, existem duas outras formas de reabilitação: a voz esofágica, que requer treinamento intensivo, e a prótese traqueoesofágica. “A voz esofágica é mais difícil de desenvolver. Em contraste, a laringe eletrônica, que funciona com pilhas ou baterias, é colocada no pescoço do paciente e reproduz a voz de forma mais robotizada,” detalhou.
Nem todas as instituições oferecem a entrega das laringes eletrônicas. “Já conseguimos a dispensação em Aparecida de Goiânia e Senador Canedo, e estamos buscando expandir para outros municípios,” afirmou Juliana.
Somos Iguais
Durante o evento, o coral terapêutico “Somos Iguais”, com nove anos de existência e idealizado por Juliana Monteiro, fará uma apresentação especial. O coral visa melhorar a sonorização dos pacientes, elevando sua autoestima e facilitando a socialização de quem está reaprendendo a se comunicar. “A música ajuda a melhorar a fluência da voz e promove a convivência entre os pacientes. Mesmo aqueles que ainda não estão totalmente reabilitados,” comentou Juliana.