Polícia investiga rede de postos suspeita de ligações com o crime organizado
A operação está sendo deflagrada em Goiânia, Aparecida, Senador Canedo e outros dois em municípios do interior de Goiás
Em uma ação conjunta com diversos órgãos, a Polícia Civil de Goiás deflagrou na manhã desta quarta-feira (24) a Operação Imediata, com o objetivo de combater crimes de sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e outras irregularidades em postos de combustíveis da Região Metropolitana de Goiânia.
Ao todo, são fiscalizados dez estabelecimentos pertencentes a um grupo que controla nove postos de combustível no estado: três em Goiânia, dois em Aparecida, dois em Senador Canedo e outros dois em municípios do interior de Goiás.
A operação foi desencadeada após investigações apontarem que os postos em questão fazem parte de uma rede com ligações a empresas investigadas em São Paulo por crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e suposto envolvimento com organizações criminosas.
A ação conta com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), Delegacia Estadual de Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot), Auditores Fiscais da Secretaria de Estado da Economia (Sefae), Procon Goiás e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Há informações de que o grupo criminoso estaria em expansão para outros estados e que familiares dos investigados figuram como sócios dos postos em Goiás.
Atualmente, equipes estão inspecionando os estabelecimentos, conferindo notas e documentos fiscais, além de avaliar a qualidade dos combustíveis. Mesmo assim, os postos estão operando regularmente.
A Decon será responsável por avaliar a qualidade do combustível, o funcionamento das bombas e a precificação (se abusiva ou não), enquanto a Dot investigará a evasão fiscal. A gerência de combustíveis ficará encarregada de analisar as movimentações de entrada e saída nos postos alvo da operação. A ação também busca identificar possíveis estratégias de precificação para atrair os consumidores.
Veja imagens da operação
Os materiais coletados durante as inspeções foram encaminhados para análise (Imagens: Divulgação/PC-GO)
Os materiais coletados durante as inspeções foram encaminhados para análise, tanto na área de combustível quanto na área fiscal. “Fizemos o trancamento de estoque, que é verificar o combustível que está estocado na empresa, nos postos de combustíveis, e também aqueles que estão sendo comercializados”, explicou Lilian Fagundes, subsecretaria da receita estadual da secretaria de economia.
Em caso de irregularidades, os responsáveis serão autuados e podem responder por crimes contra as relações de consumo, contra a ordem tributária, associação criminosa e outros.