Definições dos vices na Capital devem ocorrer nas próximas semanas
Pré-candidatos buscam fechar alianças, enquanto outros devem ir com as chapas puras
Francisco Costa e Thiago Borges
As definições dos vices, com as pré-candidaturas praticamente definidas – aguardando apenas a confirmação nas convenções –, devem começar a surgir. Oficialmente, ninguém foi anunciado pelos pré-candidatos na capital, pois as negociações ainda acontecem, mas nos bastidores alguns nomes parecem bem encaminhados.
O pré-candidato do governador Ronaldo Caiado, Sandro Mabel (União Brasil), teria opções de legendas para escolher o vice. O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), lidera um grupo que inclui Avante, PRD e Agir. Ele tem interesse em indicar o vice na chapa, com o nome do ex-deputado estadual Thiago Albernaz (União Brasil) sendo o mais cogitado.
Já Fred Rodrigues, do PL, anunciou o Delegado Humberto Teófilo (DC) como o vice na chapa bolsonarista. O substituto de Gustavo Gayer na corrida eleitoral foi especulado como possível nome para ser vice na chapa de Mabel – em uma coligação que uniria o candidato de Caiado e o de Bolsonaro – porém, recentemente em suas redes sociais, o pré-candidato descartou a possibilidade do PL assumir a vice em qualquer chapa.
Federado com o PCdoB e o PV, o Partido dos Trabalhadores (PT), da pré-candidata a deputada federal Adriana Accorsi, deve fechar com o PSB. Citado algumas vezes, o nome mais cotado é do ex-deputado estadual Vinícius Cirqueira. “Apoio do PSB é praticamente certo”, afirma o ex-parlamentar sem cravar se será ele o escolhido.
Presidente do PSD e pré-candidato à Prefeitura de Goiânia pela terceira vez – assim como Accorsi –, Vanderlan Cardoso ainda trabalha para ampliar a composição da chapa. Ele, contudo, já normalizou a possibilidade de uma disputa “puro-sangue”. São possíveis vices a presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), Sucena Hummel, e o policial rodoviário federal Newton Morais, ambos filiados ao partido. A definição, contudo, deve vir somente perto das convenções, conforme a comunicação do político.
Pré-candidato à reeleição, o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) garantiu, em entrevista recente ao jornal O Hoje, que o próprio irá indicar o vice de sua chapa. Na fala, o político também afirmou que as tratativas com os partidos devem acontecer na próxima semana. O mandatário tem o apoio do PDT, Mobiliza, PRTB, PMB e PP, além do Republicanos, legenda que Cruz fazia parte.
Ainda são pré-candidatos: Matheus Ribeiro (PSDB), Leonardo Rizzo (Novo) e Reinaldo Pantaleão (UP). Em todos os casos, as chapas devem permanecer puras. Porém, sem definição de nomes por enquanto.
Com o passar do tempo e a aproximação do pleito em outubro, o famoso “vai ou racha” começará a ser mais intenso nas, ainda, pré-candidaturas. As negociações para coligações e definições de quem vai andar junto a quem continuam, entretanto, já partem para seu desfecho final.
Convenções partidárias
As convenções partidárias estão permitidas desde o dia 20 de julho e vão até o dia 5 de agosto. No período, partidos e federações poderão deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Após a definição das candidaturas, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral. A informação é do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO).
Neste ano, o primeiro turno das eleições ocorre em 6 de outubro. A segunda etapa será em 27 de outubro. Esta só ocorre em municípios com mais de 200 mil eleitores, caso seja necessário, ou seja, se nenhum candidato conseguir maioria – 50% dos votos válidos mais um. Em Goiás, as únicas cidades com possibilidade de segundo turno são: Goiânia, Aparecida e Anápolis. (Especial para O Hoje)