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sábado, 10 de agosto de 2024
Funk

Ascensão no funk independente

Cantor Roger Karamoto mistura funk e agronejo, superando desafios e preconceitos na cena musical goiana

Postado em 29 de julho de 2024 por Luana Avelar
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Nascido em Rio Verde

Na cena musical de Goiânia, Roger Karamoto se destaca no funk independente. Aos 31 anos, Roger, cujo nome verdadeiro é Rogério, cresceu em Rio Verde, interior de Goiás. Desde pequeno, teve uma ligação forte com a música, especialmente com canções dançantes. Em entrevista ao jornal O Hoje, ele compartilhou sua trajetória, influências e desafios.

Infância e influências

Roger sempre gostou de música e dança. “Desde pequeno, sempre gostei muito de música. Gostava de dançar e sempre escutava músicas dançantes, não importava o estilo, desde que fossem animadas”, conta. Com o tempo, o funk passou a ocupar um espaço especial em sua vida.

Descoberta da paixão pela música

Apesar do interesse precoce, ele demorou a acreditar em seu potencial. “Eu sempre escrevi músicas, mas não tinha coragem por receio e medo do que os outros iriam achar”, relembra. A mudança veio ao mostrar uma de suas composições a um amigo produtor. “Ele disse que eu tinha potencial de me tornar um grande artista. Foi ali que comecei realmente a acreditar em mim”.

O incentivo do amigo produtor foi importante, mas a jornada não foi fácil. “O preconceito não vinha apenas pelo fato de ser um cantor LGBTQIA+, mas também pelo gênero funk, que ainda enfrenta resistência na sociedade goiana”, afirma. Sua primeira apresentação ao vivo foi um marco. “Fiquei muito nervoso, mas depois da apresentação e ver as pessoas cantando junto, percebi que estava no caminho certo”, lembra.

Processo criativo e trabalho atual

O cantor descreve seu processo criativo como espontâneo. “Minhas composições vêm do nada. Às vezes vejo algo que está em alta e começo a fazer minha versão daquela música que gosto”, explica. O objetivo é criar músicas que façam as pessoas dançarem.

Ser um artista independente exige dedicação. “Você tem que juntar seu próprio dinheiro para realizar seus sonhos, sem ajuda externa. É você por você”, diz. Ele valoriza a persistência dos artistas independentes que investem tudo para fazer seus projetos acontecerem.

Cenário do funk independente em Goiânia

Para Roger, a cena do funk independente em Goiânia tem pontos fortes e desafios. Ele destaca a força e a determinação dos artistas locais, mas reconhece a resistência cultural que persiste. “Acredito muito no potencial dos artistas independentes. É incrível ver pessoas que, como eu, dedicam-se intensamente para fazer seus projetos darem certo”, comenta.

Projetos futuros e conexão com os fãs

Roger está envolvido com um projeto que mistura funk com agronejo. “Quero fazer algo diferente do funk, mas não penso em deixar o pop funk. Só quero me aprofundar em outros ritmos”, revela. Ele planeja estudar mais e se desafiar continuamente.

A conexão com os fãs é essencial. “Eles sempre me falam o que esperam de mim, o que posso melhorar como artista”, diz. Um exemplo dessa interação é o pedido de uma fã para que ele criasse uma música no estilo agronejo, que inspirou seu atual projeto. Ele acredita que essa proximidade o ajuda a crescer e a manter sua motivação.

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