JK Rowling é transfóbica ao atacar boxeadora argelina
A autora de Harry Potter voltou a ser transfóbica, dessa vez atacando a boxeadora Imane Khelif, sugerindo que a atleta é uma mulher trans
JK Rowling é imparável quando o assunto é ter falas preconceituosas. A autora de Harry Potter voltou a ser transfóbica, dessa vez atacando a boxeadora argelina Imane Khelif. Rowling sugeriu que a atleta é uma mulher transgênero — o que não é verdade. Imane é uma mulher cisgênero (pessoa que se identifica com o gênero que atribuído no nascimento).
No dia 1 de agosto, a autora usou seu X (antigo Twitter) para se manifestar sobre a luta de boxe que ocorreu nas Olimpíadas de Paris. A luta de boxe entre a italiana Angela Carini e a argelina Imane Khelif acabou devido a desistência de Angela.
Na publicação, Rowling diz: “Assista a isso (a thread inteira), depois explique por que você está ok com um homem batendo em uma mulher em público para te entreter. Isso não é esporte. Do trapaceiro intimidador de vermelho até os organizadores que permitiram que isso acontecesse, isso são homens se deleitando com seu poder sobre as mulheres”.
A autora já tem um histórico de falas transfóbicas, e levanta ocasionalmente polêmicas ao fomentar o preconceito contra pessoas transgêneros. Imane não é uma pessoa trans — ela é cisgênero, já que se identifica com seu gênero de nascença, no caso da atleta, o feminino.
Entenda a polêmica envolvendo a boxeadora
Angela Carini, a atleta italiana, desistiu da luta com apenas 46 segundos que havia começado. Após sofrer um primeiro golpe no rosto, ela afirmou: “Não é justo, dói muito”. Isso levantou alegações na web de que Imane era uma mulher transgênero, e pessoas afirmando que ela não deveria competir na categoria. Imane Khelif, a atleta argelina,não passou no teste de gênero em campeonato mundial no ano passado, mas ela cumpriu os requisitos para os Jogos Olímpicos.
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O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirma que todas as atletas que disputam os Jogos de Paris estão cumprindo os critérios de elegibilidade. Além disso, todas as atletas apresentam as condições médicas aplicáveis de acordo com as regras da Unidade de Boxe de Paris, que regulamenta a competição.
Ano passado, Khelif havia sido reprovada em um teste de gênero no Mundial feminino de boxe. A Associação Internacional de Boxe (IBA) a desclassificou, mas essa associação não é regulamentada pelo COI.
Ao final da luta, o treinador da atleta italiana disse que ela estava com dor de dente, sob uso de antibióticos, e que desistiu por isso.