Protestos em Bangladesh: estudantes fazem manifestaçõs e mais de 300 pessoas morrem
A raiva dos estudantes também é influenciada pela inflação elevada, aumento do desemprego, e entre outras situações
Estudantes de Bangladesh estão participando de protestos nos últimos meses, contra um sistema de cotas no serviço público. As manifestações tiveram início em junho, após o Supremo Tribunal estabelecer esse sistema de cotas, que reserva 30% das vagas para familiares dos veteranos da guerra de independência do país, em 1971.
Além desta situação das cotas, a raiva dos estudantes também é influenciada pela inflação elevada, aumento do desemprego, a situação econômica que não vai bem, e o esgotamento das reservas cambiais. Os manifestantes exigem a renúncia da primeira-ministra.
A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, pediu paciência para os manifestantes até que o Supremo Tribunal tenha um veredito. Ela também lamentou as mortes decorrentes da repressão aos manifestantes, que chegaram a mais de 300. Hasina havia abolido essa política das cotas em 2018, mas a situação foi restabelecida em junho deste ano.
O governo anunciou um feriado geral de três dias a partir de segunda-feira (5), assim como um toque de recolher a partir das 18h horas locais, e o fechamento de serviços de Internet.
Bangladesh é uma das economias do mundo que mais crescem no mundo, mas de acordo com especialistas, não há vagas de empregos para os recém formados da faculdade. Estima-se que cerca de 18 milhões dos jovens no país estão em busca de emprego.