UE diz que resultados das eleições na Venezuela ‘não podem ser reconhecidos’
A controvérsia em torno das eleições presidenciais na Venezuela se intensificaram neste domingo (4), quando a União Europeia declarou que os resultados oficiais, que concederam a vitória ao atual presidente Nicolás Maduro, “não podem ser reconhecidos”. A UE pede por uma “verificação independente” dos resultados eleitorais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano. Em comunicado, […]
A controvérsia em torno das eleições presidenciais na Venezuela se intensificaram neste domingo (4), quando a União Europeia declarou que os resultados oficiais, que concederam a vitória ao atual presidente Nicolás Maduro, “não podem ser reconhecidos”. A UE pede por uma “verificação independente” dos resultados eleitorais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano.
Em comunicado, o Conselho da União Europeia enfatizou que, na ausência de provas concretas que sustentem os resultados anunciados em 2 de agosto pelo CNE, a reeleição de Maduro não deve ser aceita. “As cópias das atas eleitorais divulgadas pela oposição e revisadas por organizações independentes indicam que Edmundo González Urrutia parece ter vencido as eleições presidenciais por uma maioria significativa. A União Europeia pede, portanto, uma nova verificação independente das atas eleitorais, se possível por uma entidade de reputação internacional”, afirmou o comunicado.
Apelo por transparência
Sete países membros da União Europeia – Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal – já haviam pressionado no último sábado (3) para que as autoridades venezuelanas publicassem “rapidamente todos os registros” da eleição presidencial, visando garantir total transparência no processo eleitoral. Esses países manifestaram “forte preocupação” com a situação na Venezuela e destacaram que a verificação dos resultados é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano.
Os Estados Unidos, sob a administração Biden, reconheceram Edmundo González Urrutia como o vencedor legítimo das eleições e desacreditaram os resultados oficiais. A administração Biden também reafirmou seu apoio à restauração das normas democráticas na Venezuela. Em contrapartida, Maduro alegou que a oposição planejava ataques e ordenou vigilância militar em bairros de Caracas.
Países como Brasil, Colômbia e México pediram uma auditoria imparcial da votação, reforçando a necessidade de transparência e legitimidade no processo eleitoral. Enquanto isso, a Rússia apoiou a legitimidade da vitória de Maduro, destacando a continuidade de suas políticas internacionais.
Contexto da crise na Venezuela
A crise na Venezuela, exacerbada por sanções internacionais e um colapso econômico, levou milhões de venezuelanos a deixarem o país desde 2014. A situação política se agrava com acusações de fraude e repressão contra opositores. A União Europeia, juntamente com outras nações, pede que o governo de Maduro ponha fim às prisões arbitrárias, à repressão e à retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, e que liberte todos os presos políticos.