López pressiona pelo reconhecimento de vitória de González
Político também critica o posicionamento do presidente Lula e exige coerência na defesa da democracia
Leopoldo López, líder do partido Voluntad Popular e um dos principais opositores ao regime de Nicolás Maduro, mantém comunicação constante com a frente ampla, liderada por Edmundo González Urrutia e María Corina Machado diretamente da Espanha, onde está exilado. Sua posição tem sido utilizada por López para pressionar a comunidade internacional a tomar medidas contra o governo venezuelano.
Em suas declarações, López afirma que a única forma de se alcançar uma saída negociada entre os opositores e o regime chavista, conforme sugerido pelo Brasil, é reconhecer a vitória de González nas eleições que aconteceram no último dia 28 de julho. Ele argumenta que a transição democrática deve estar alinhada com a data limite prevista pela Constituição da Venezuela para a posse do presidente eleito, em 10 de janeiro de 2025.
López se opõe a qualquer tentativa de iniciar conversas ou negociações que não partam do reconhecimento de que González ganhou as eleições, caracterizando esse reconhecimento como um passo fundamental para uma mudança de governo. Ele compara a mobilização popular nas eleições recentes a um “tsunami” em comparação com disputas anteriores, enfatizando que a aceitação dos resultados eleitorais é essencial para derrotar Maduro.
O exilado político, que cumpriu seis anos de prisão militar após organizar protestos em 2014, também critica o posicionamento do presidente Lula, exigindo coerência na defesa da democracia. López havia liderado protestos que paralisaram a Venezuela em 2014 e, mesmo estando preso, chegou a ser cotado para a presidência do país.