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sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Acidente ATR

Diferenças entre aviões ATR e Boeing

Especialista explica por que o ATR é seguro, apesar das condições adversas de voo

Postado em 11 de agosto de 2024 por Vinicius Lima
ATR
Boeing 737 - MAX10 | Foto: Divulgação

Após o trágico acidente com um avião ATR em Vinhedo, interior de São Paulo, o piloto Rafael Santos esclareceu as principais diferenças entre as aeronaves ATR e Boeing. Ele destacou que, embora sejam diferentes em alguns aspectos, ambos os modelos são projetados para garantir a segurança dos passageiros.

Santos explicou que uma das diferenças mais importantes está nos sistemas de proteção contra gelo. Enquanto os aviões Boeing, que ele costuma pilotar, possuem um sistema anti-gelo que impede a formação de gelo nas asas, o ATR utiliza um sistema de degelo. Esse sistema do ATR trabalha removendo o gelo já formado através de uma “tira de borracha” que infla e quebra o gelo acumulado.

Essa diferença está ligada às altitudes em que cada aeronave opera. O ATR, por voar em altitudes mais baixas, de cerca de 3 mil a 6 mil metros, utiliza esse método de degelo específico.

ATR – Segurança Confirmada

Mesmo com essas diferenças, Santos enfatizou que o ATR é uma aeronave segura e certificada para voar em condições de gelo, sendo amplamente utilizada em países com climas mais rigorosos, como Europa, Estados Unidos e Canadá. Ele destacou que o ATR tem asas altas, o que pode facilitar a formação de gelo, mas garantiu que o avião é preparado para operar com segurança nessas condições.

Além disso, o ATR conta com sistemas de detecção de gelo que alertam os pilotos para acionar o sistema de degelo quando necessário. Santos também lembrou que, em situações de “gelo severo”, a recomendação para qualquer tipo de aeronave é descer para altitudes mais baixas, onde o ar é mais quente, para evitar riscos.

Questões sobre o Acidente em Vinhedo

As investigações vão focar em entender o que levou o avião a entrar em parafuso e por que os pilotos não conseguiram sair dessa situação a tempo. Essas questões serão cruciais para determinar as causas exatas do acidente nos próximos dias.

Silêncio do dia seguinte à tragédia do voo 2283 do bimotor ATR-72

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