Nos últimos meses, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), uma unidade do Governo de Goiás em Uruaçu, tem registrado um crescimento alarmante no número de casos de gripe. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o hospital atendeu mais de mil novos casos de síndrome gripal no final do primeiro semestre de 2024, representando um aumento de 65% nos atendimentos relacionados a essa condição.

Diante desse cenário, o HCN reforça a importância de adotar cuidados preventivos e seguir orientações médicas para evitar complicações graves.

A gripe é uma infecção respiratória que pode se manifestar com diversos sintomas, entre os quais se destacam febre alta, dores musculares, dor de cabeça, tosse, dor de garganta e mal-estar geral. 

“Contudo, esses sintomas podem variar em intensidade e, em alguns casos, podem incluir complicações respiratórias, como pneumonia. Por isso, é importante o acompanhamento médico para que seja feito um tratamento eficaz para cada caso, evitando complicações”, ressalta a Dra. Nívia Ferreira, médica infectologista do HCN.

A gripe pode afetar qualquer pessoa, mas certos grupos são particularmente vulneráveis a desenvolver formas mais graves da doença. Pessoas com o sistema imunológico comprometido, como idosos, crianças pequenas, gestantes e indivíduos com doenças crônicas, estão no topo dessa lista de risco.

Para esses grupos, as complicações da gripe podem ser mais severas e, em muitos casos, requerem hospitalização. Portanto, é vital que esses indivíduos adotem medidas preventivas adicionais durante a temporada de gripe.

Vacinação

Uma das estratégias mais eficazes para a prevenção da gripe é a vacinação anual. Disponível em mais de 900 salas de vacinação espalhadas pelo estado de Goiás, a vacina contra a gripe é uma ferramenta essencial para reduzir a transmissão do vírus e proteger a população. 

Além da vacinação, é importante que pais e responsáveis mantenham um olhar atento sobre as crianças durante a temporada de gripe. A Dra. Nívia Ferreira sugere que, durante o período letivo, os pais considerem manter os filhos em casa ao primeiro sinal de sintomas gripais. Essa medida não apenas ajuda a monitorar a evolução da doença de perto, como também reduz a chance de disseminação do vírus nas escolas, protegendo outras crianças e suas famílias.

Perigos da automedicação

Outro ponto destacado pelo HCN é o risco associado à automedicação. Muitas pessoas, ao apresentarem sintomas de gripe, recorrem a medicamentos de venda livre sem orientação médica, o que pode ser extremamente perigoso.

Segundo o HCN, o uso indiscriminado de medicamentos, especialmente antibióticos, não só é ineficaz contra os vírus da gripe como pode levar à resistência bacteriana, além de causar efeitos colaterais desnecessários.

Medicamentos como analgésicos e antitérmicos, frequentemente usados para aliviar os sintomas da gripe, também devem ser administrados com cautela e sempre sob orientação médica. A automedicação pode mascarar os sintomas, dificultando o diagnóstico correto e o tratamento adequado da doença. Portanto, ao primeiro sinal de gripe, é essencial procurar um serviço de saúde para uma avaliação médica completa.