Suspeito de matar delegada em Salvador muda versão e alega legítima defesa
Inicialmente, Tancredo Neves, havia relatado à polícia que ele e a vítima haviam sido sequestrados por três homens em uma motocicleta na BR-324
O homem suspeito de matar a delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos, em São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador, confessou o crime e alterou a versão inicial dos fatos em novo depoimento prestado nesta segunda-feira (12).
Inicialmente, Tancredo Neves, de 26 anos, havia relatado à polícia que ele e a vítima haviam sido sequestrados por três homens em uma motocicleta na BR-324. No entanto, após passar a noite refletindo, ele decidiu mudar sua versão.
Leia mais: Ex-marido usa mangueira para espancar mulher deficiente
Vítima de estupro reconhece suspeito na sala ao lado em delegacia
Em seu novo depoimento, Tancredo confessou que a discussão entre o casal ocorreu após uma noite de bebedeira e que a delegada teria ameaçado de morte sua família e sua filha. Segundo ele, durante uma briga, Patrícia teria puxado o volante do carro, causando uma colisão. Em seguida, Patrícia teria começado a bater no companheiro e ele disse que “girou o cinto de segurança no pescoço dela” e começou a enforcá-la com o objetivo de fazer com que a mulher parasse de bater nele.
A Polícia Civil, no entanto, considera Tancredo o principal suspeito do feminicídio. A delegada foi encontrada morta dentro do próprio carro, em uma área de mata em São Sebastião do Passé, no domingo (11). A autoridade policial está investigando o caso e as novas informações prestadas pelo suspeito.
A morte da delegada causou grande comoção na Bahia e no país. Patrícia Neves era conhecida por seu trabalho na Polícia Civil e era muito respeitada por seus colegas. O caso reforça a importância da discussão sobre a violência contra a mulher e a necessidade de políticas públicas para combater esse crime.