As medalhas conquistadas por Beatriz Souza no judô, Rebeca Andrade na ginástica artística, e Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia mostram o quão grandes têm sido os feitos das mulheres no esporte brasileiro. Em Paris, a delegação brasileira foi composta por mais mulheres do que homens (153 a 122) pela primeira vez na história, representando 55% do Time Brasil.

Balanço dos Jogos de Paris

O desempenho do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris ficou um pouco abaixo do esperado, pois havia a expectativa por parte do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de superar o recorde de medalhas alcançado em Tóquio 2020. Desde 2012, o Brasil não terminava com um número tão baixo de medalhas de ouro. As campanhas aquém do esperado em modalidades como natação, atletismo, boxe e vela podem ter influenciado diretamente este resultado.

No entanto, o país manteve os bons números no total de medalhas conquistadas. Encerrando sua participação com o segundo maior número de medalhas nas Olimpíadas, 20 no total, sendo três de ouro, sete de prata e 10 de bronze. Além disso, as mulheres conquistaram a maioria das medalhas obtidas pelo Brasil, algo inédito na história do esporte brasileiro.

As atletas femininas dominaram amplamente o pódio, marcando um aumento significativo para o Brasil. Como já foi dito anteriormente, as mulheres obtiveram todos os ouros, e no total, nossas atletas conquistaram 12 medalhas. Resultando em 63% de todas as medalhas da delegação brasileira.

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A história sendo escrita por elas

Rebeca Andrade entrou para a história do esporte brasileiro depois de subir ao pódio em quatro oportunidades nesta Olimpíada, tornando-se a maior medalhista brasileira em uma única edição. Somando todos os seis pódios da ginasta, ela superou as marcas de Robert Scheidt e Torben Grael. Consolidando-se como a maior medalhista do Brasil em todos os tempos.

Beatriz Souza conquistou o quinto ouro do judô brasileiro nos Jogos e contribuiu para a equipe mista levar o bronze na categoria. A judoca ajudou o Brasil a manter o seu ótimo desempenho na modalidade, que já trouxe 28 medalhas para o País. Duda e Ana Patrícia fizeram o vôlei de praia feminino subir ao lugar mais alto do pódio, feito que não acontecia desde Atlanta 1996.

Há expectativa de que a participação das mulheres no esporte se intensifique ainda mais nos próximos ciclos. Desde 2021, o Comitê Olímpico do Brasil criou a Área da Mulher no Esporte em sua estrutura. No ano seguinte, o COB lançou a Comissão Mulher no Esporte. Essas iniciativas querem ampliar o desempenho das atletas brasileiras, focando em ações que promovam cada vez mais a equidade de gênero.

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