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domingo, 22 de dezembro de 2024
Furto

Grupo de falsos prestadores de serviço furta 1,4 km de cabos de cobre

Ramon Assis, proprietário da MA, afirmou que a empresa está fechada desde 2023, embora o CNPJ ainda esteja ativo

Postado em 14 de agosto de 2024 por Leticia Marielle
Grupo de falsos prestadores de serviço furta 1,4 km de cabos de cobre
Grupo de falsos prestadores de serviço furta 1,4 km de cabos de cobre. | Foto: Divulgação

Um grupo de homens vestidos como prestadores de serviços bloqueou uma avenida com cones e sinalizadores luminosos, simulando uma manutenção preventiva, e roubou cerca de três toneladas de fios de cobre, o equivalente a 1,4 km de cabos de telefonia. No dia seguinte, os 45 mil habitantes de Salto de Pirapora, perceberam a falta de telefonia e internet. Isso gerou uma série de reclamações aos canais de atendimento da Vivo. O prédio da prefeitura também foi afetado. O caso aconteceu na quarta-feira (31), a 124 km da capital paulista.

Um representante da Vivo reduziu o impacto do crime ao notar o desaparecimento dos cabos e acionar a Guarda Municipal. A Polícia Militar (PM) identificou os veículos usados na ação e localizou o grupo em outro ponto da cidade, prestes a agir novamente.

Na quinta-feira (1), os agentes abordaram Aryel Wolf Gang Ramos de Andrade, 33 anos, e ele apresentou uma ordem de serviço da empresa MA. Serviços de Internet Ltda., do Rio de Janeiro, alegando que retiraria os cabos da rede para substituí-los por novos. Andrade também afirmou que a empresa MA prestava serviços para Telecom, Telemar e Oi. A empresa existe e tem um CNPJ ativo, porém a ordem apresentada era falsa.

Além dos documentos que indicavam a ordem de serviço, Andrade apresentou uma autorização oficial para o fechamento parcial de vias para a remoção dos cabos subterrâneos. A situação mudou quando o representante da Vivo chegou ao local e informou aos policiais que a Vivo não havia emitido nenhuma ordem, nem para a MA. O representante também explicou que a sua empresa é a única no estado de São Paulo com concessão para cabeamento subterrâneo, confirmando que a ordem era falsa.

Investigação

A polícia encontrou em um galpão em Araçoiaba da Serra, uma cidade vizinha, todo o material roubado, que ainda tinha as marcas de identificação da Vivo. Dezessete suspeitos foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos. Entre os documentos apresentados durante a abordagem, apenas a autorização para o fechamento parcial de ruas era verdadeira. Os demais documentos, incluindo a licença municipal, eram falsos.

Ramon Assis, proprietário da MA, afirmou que a empresa está fechada desde 2023, já o CNPJ ainda esteja ativo. Segundo ele, durante os quatro anos de atividade, a empresa nunca trabalhou no estado de São Paulo.

O delegado plantonista de Votorantim, que recebeu o caso, decidiu não realizar a prisão em flagrante do grupo. Ele encaminhou o inquérito para a equipe de Salto de Pirapora, que continuará a investigação.

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