O Hoje, O melhor conteúdo online e impresso - Skip to main content

sábado, 17 de agosto de 2024
PublicidadePublicidade
Crescimento

Em um ano, quantidade de corretores de imóveis cresceu 10% em Goiás

2.689 novos profissionais entraram em uma área que contam com 39.622 corretores

Postado em 17 de agosto de 2024 por João Victor Reynol de Andrade
Setor da construção civil cresceu 17% em janeiro de 2024 se comparado com o mesmo mês de 2023 | Foto: Leandro Braz/O HOJE

O segmento da construção civil talvez seja uma das áreas que mais crescem em Goiás. Basta transitar pelas ruas de Goiânia para testemunhar a crescente quantidade de empreendimentos na cidade. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, entre os meses de janeiro de 2023 ao mesmo mês de 2024, a construção civil contou com aumento de 17% no mercado de trabalho, com 3.353 empregos a mais comparado com o ano anterior. Contudo, a venda destes imóveis é tão importante quanto a construção deles e, ao mesmo tempo, apresentou um crescimento na oferta de empregos em um ano.

De acordo com dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-GO), Goiás presenciou um crescimento de 7,21% no número de profissionais credenciados em 12 meses. Ao todo, foram 2.689  novos profissionais em uma área que conta com 39.622 corretores. Um destes novos corretores na área é Dario Silva, de 32 anos, que trabalha na MRV Engenharia há 10 meses após anos trabalhando como motociclista de aplicativo.

Foi após conhecer a área por meio de um colega que hoje consegue ter um padrão de vida melhor do que o anterior. “É um trabalho que depende muito de onde a pessoa trabalha e do potencial dela. Também tem de ter um apego com a área de vendas.” Além disso, Silva diz que consegue separar o tempo e se disciplinar nos seus horários de trabalho e de lazer e descanso graças à dinâmica de trabalho autônomo.

Enquanto isso, o gerente comercial da empresa, Paulo Passo, comenta que, para as pessoas terem sucesso financeiramente, é preciso ter uma rotina e um sentimento de vendedor. De acordo com Passo, o profissional tem de ter vontade para trabalhar na área, uma boa rotina e disciplina para que consiga acompanhar o mercado e as mudanças dos padrões de consumo. 

Aptidão para vendas

O gerente cita que grande parte disso é uma mudança na valorização dos apartamentos como uma moradia de qualidade. Há alguns anos, as pessoas perderam alguns preconceitos dos apartamentos, como o funcionamento dos condomínios, e passaram a observar os pontos positivos como a proximidade dos centros urbanos. Passo descreve que o acesso à informação é o que tem proporcionado essa mudança de paradigma. “Hoje em dia, cerca de 45% dos nossos clientes são jovens entre 18 a 30 anos.”

Além desse apego às vendas, os corretores têm de estar capacitados para oferecer as melhores negociações, uma vez que o valor dos imóveis tem aumentado exponencialmente nos últimos anos devido à valorização. Com o aumento dos preços, os corretores têm oferecido negociações dentro do orçamento dos clientes. Além disso, o profissional tem de estar por dentro para apresentar dicas e alternativas de financiamento com juros reduzidos, como o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, que pode oferecer juros na faixa de 4,5% a 8%. 

Antes da pandemia de Covid-19, era comum encontrar apartamentos da empresa com valores inferiores a R$ 150 mil. Porém, os preços subiram tanto que o valor mínimo mais encontrado está na faixa de R$ 200 mil. Um outro motivo que alavancou o preço dos imóveis foi a inflação, que também causou a elevação no valor das matérias-primas. “Muito do que define o preço final é o ferro e o cimento usados. Como eles aumentaram os preços, nós também aumentamos o valor dos apartamentos para a conta fechar”, pontua Passo.

Veja também