A Prefeitura de Goiânia, por meio da Companhia de Urbanização (Comurg), promoveu o plantio de 20 mil mudas de árvores. A ação foi realizada em canteiros centrais da capital somente no primeiro semestre de 2024. As ações fazem parte de um plano de arborização urbana que visa corrigir falhas identificadas na cobertura vegetal da cidade, garantindo um ambiente mais verde e sustentável para a população. O trabalho, realizado em conjunto com a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), também envolve a substituição de espécies em locais estratégicos.

O engenheiro agrônomo Rafael Pacheco, responsável pela coordenação do plantio, afirma que o planejamento foi elaborado com base em imagens de satélite capturadas em 2021, que indicaram áreas críticas para intervenção. “Entre outubro de 2023 e abril de 2024, conseguimos plantar cerca de 20 mil mudas nos canteiros centrais. Nossa meta é suprimir todas as falhas até o final de 2025”, afirma o especialista.

Antes de tudo, o processo de substituição de árvores é precedido por vistorias técnicas da Amma, que identificam exemplares com problemas sanitários ou que oferecem risco à segurança pública. “Após a análise, a Amma indica a remoção e sugere a espécie ideal para replantio, sempre buscando diversidade de flora para evitar a concentração de espécies vulneráveis a pragas”, explica Pacheco.

Tipos de Mudas

Além disso, na arborização, utiliza-se um mix de espécies, tanto nativas do cerrado quanto exóticas, que podem ser perenifólias ou caducifólias.

As caducifólias são aquelas que perdem suas folhas durante o inverno, dando lugar a uma florada exuberante. Elas atraem a atenção e suavizam a paisagem árida dessa estação. Exemplos incluem ipê, jacarandá-mimoso e cega-machado que dão colorido exuberante à cidade.

Por outro lado, as perenifólias não perdem suas folhas de forma abrupta, mantendo a copa cheia ao longo de todo o ano. Essas árvores, que proporcionam sombra constante e conforto térmico, são as sapucaias, sibipirunas e cambuís, já conhecidas entre os goianienses.

As espécies exóticas, como oiti e ficus, são selecionadas por serem perenifólias, ou seja, por não perderem totalmente suas folhas ao longo do ano. Elas garantem sombra e conforto térmico constantes em diversas áreas da cidade, além de complementarem o paisagismo urbano com sua estética robusta e resiliente.

Com essa combinação de espécies nativas e exóticas, a ação busca promover o equilíbrio entre florescimento e sombreamento durante todo o ano. “O uso de plantas nativas, adaptadas ao clima do Cerrado, garante beleza e resiliência à arborização, enquanto as espécies exóticas proporcionam sombra contínua”, destaca o engenheiro Rafael Pacheco.

O plantio das mudas é realizado principalmente durante o período chuvoso, entre outubro e fevereiro, quando a irrigação natural facilita o desenvolvimento das novas árvores. A expectativa é de que as ações de replantio contribuam para o aumento da cobertura verde da cidade. Assegurando assim um conforto térmico e uma paisagem urbana mais harmoniosa para os goianienses.