A vazão instantânea do Rio Meia Ponte caiu para 3.981 litros por segundo, e se essa taxa persistir por mais sete dias, o nível de criticidade atingirá o nível II. Elaine Farinelli, presidente do Comitê da Bacia do Meia Ponte, acredita que a situação pode ser revertida, mesmo sem previsão de chuvas. Farinelli explicou que o comitê desenvolveu planos de ação para cada nível de criticidade, com o objetivo de prevenir a escassez de água.

Para lidar com a crise, foram previstas ações como a abertura das barragens para aumentar a vazão do rio e a ampliação do abastecimento por meio da barragem do Ribeirão João Leite. Farinelli também mencionou que a Saneago enviou um plano de racionamento de água, embora a intenção seja evitar a sua implementação. A presidente ainda destacou que estamos na fase do El Niño, que tende a agravar a estiagem, em contraste com o La Niña, que traz mais chuvas.

Consumo consciente de água

A situação atual exige medidas rápidas e eficazes para evitar um agravamento da crise hídrica. As ações propostas visam não apenas aumentar a vazão do rio, mas também garantir a disponibilidade de água suficiente para a população. No entanto, a eficácia dessas medidas depende fortemente da colaboração da população no uso consciente da água.

Adotar um consumo consciente de água não implica em parar de usá-la, mas sim em reconsiderar como a utilizamos. O objetivo é evitar o desperdício, reduzir o uso sempre que possível e reaproveitar a água de determinadas atividades. Essas ações contribuem de forma significativa para um uso mais responsável desse recurso.

Elaine Farinelli afirmou que nenhuma ação será suficiente se a população não se engajar na conservação dos recursos hídricos. A crise hídrica atual reforça a necessidade de um esforço conjunto para garantir a sustentabilidade do abastecimento de água e a preservação dos recursos naturais.