Polícia desmantela associação criminosa e bloqueia R$ 80 milhões em Goiás
Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de prisão, sendo um preventivo e cinco temporários
Uma operação da Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Antirroubo a Bancos, desmantelou nesta quarta-feira (21) uma associação criminosa especializada em lavagem de dinheiro e estelionato. A ação resultou na prisão de seis suspeitos e no bloqueio de bens no valor de até R$ 80 milhões.
As investigações tiveram início a partir de informações que apontavam para um suspeito com diversas passagens criminais, incluindo furtos a bancos, que mantinha um padrão de vida incompatível com seus rendimentos. Verificou-se, ainda, que o investigado morava em condomínio de luxo e possuía veículos importados. Diligências da polícia confirmaram as suspeitas, revelando que o indivíduo já havia sido condenado por crimes financeiros e possuía um histórico de envolvimento com o crime organizado.
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As investigações permitiram desvendar uma complexa rede de empresas, muitas delas sem sede física, que eram utilizadas para movimentar grandes quantias de dinheiro de origem ilícita. Os criminosos utilizavam “laranjas” para ocultar a verdadeira propriedade das empresas e dificultar o rastreamento dos recursos. Ao todo, foram movimentados mais de R$ 80 milhões, sem comprovação da origem dos fundos, caracterizando o crime de lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, além da lavagem de dinheiro, a organização criminosa também estava envolvida em fraudes contra uma grande empresa de internet e TV a cabo. Os criminosos captavam e utilizavam dados pessoais de terceiros para realizar contratações fraudulentas, causando prejuízos financeiros às vítimas e à empresa.
Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de prisão, sendo um preventivo e cinco temporários. Além disso, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e empresas dos envolvidos, resultando na apreensão de diversos bens, como carros de luxo, armas de fogo, munições e um fuzil. As autoridades também bloquearam bens móveis e imóveis dos investigados no valor de até R$ 80 milhões.