Gagliasso e Ewbank celebram condenação de Day McCarthy por racismo
Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank denunciou a socialite Day McCarthy, por racismo cometido contra Títi, filha do casal
Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank comunicaram nesta sexta-feira (23), em suas redes sociais, uma vitória na Justiça. O casal denunciou a socialite Dayane Alcantara Couto de Andrade, conhecida como Day McCarthy, por racismo cometido contra Títi, filha do casal.
A socialite, que em entrevista ao Conexão Repórter, confessou ser racista, proferiu falas preconceituosas contra a criança em 2018. Ela recebeu este ano a maior pena já deferida pela Justiça brasileira em caso de injúria racial na história.
O mandato de prisão de Day ainda não foi expedido pelo juiz. Ela reside atualmente nos Estados Unidos e, caso a pena se mantenha, ela pode ser extraditada para cumprir pena no Brasil.
O casal celebra a vitória na Justiça
Gagliasso e Ewbank comemoraram a vitória nas redes sociais: “Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde”, começou Bruno.
“Quando nossa filha Chissomo tinha apenas quatro anos, em 2017, foi alvo pela primeira vez do racismo. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas”, continuou.
“Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado”, escreveu.
“Essa á primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade”, concluiu.