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segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Investigação

Ibama solicita investigação Federal para incêndios no Brasil

Rodrigo Agostinho afirmou que a grande maioria das queimadas, com poucas exceções, são criminosas, incluindo as que ocorrem em São Paulo

Postado em 25 de agosto de 2024 por Leticia Marielle
Ibama solicita investigação Federal para incêndios no Brasil
Ibama solicita investigação Federal para incêndios no Brasil. | Foto: Divulgação

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, pediu à Polícia Federal (PF) que investigue os incêndios que estão devastando partes do Brasil. Em entrevista à imprensa, ele afirmou que a grande maioria das queimadas, com poucas exceções, são criminosas, incluindo as que ocorrem em São Paulo. A PF, por meio da Superintendência Regional de São Paulo, confirmou que abrirá um inquérito para apurar a situação dos incêndios no país.

“Quase todo incêndio no Brasil é criminoso. Não temos incêndio espontâneo e são raros os casos de acidente, como um caminhão que pegou fogo, ou uma queda de um cabo de alta tensão. Em São Paulo, desconfiam que tudo foi organizado. Os focos aconteceram praticamente no mesmo horário” disse, momentos antes de ir à sede do Ibama, em Brasília, para acompanhar a situação de seu gabinete.

No início da tarde, Agostinho se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Ibama, onde se espera uma declaração de Lula sobre a situação atual.

Queimadas

Agostinho também confirmou que a fumaça que cobre o céu do Distrito Federal e de Goiás provém de regiões atingidas por queimadas, como a Amazônia, o Pantanal e São Paulo. Ele destacou que a região Centro-Oeste está há mais de 120 dias sem chuva, o que contribui para o surgimento frequente de incêndios.

“De maneira geral, a situação climática não ajuda. A umidade está baixíssima. Há um estoque de áreas desmatadas ao longo da última década e as pessoas ateiam fogo para mantê-las assim” afirmou.

Ele ressaltou que o governo está mobilizando um número recorde de brigadistas, com mais de 2 mil pessoas atuando em todo o país. Sendo 1.400 na Amazônia e 800 no Pantanal. Agostinho afirmou que a crise é uma das mais graves já enfrentadas. Ela está impedindo a recuperação dos rios amazônicos, como o Madeira e o Tapajós, que a seca do ano passado afetou.

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