Israel e Hezbollah intensificam conflito com ataques aéreos
Segundo o Hezbollah, a ofensiva, que incluiu o lançamento de mais de 300 foguetes “Katyusha” e drones, foi uma retaliação pelo assassinato de um de seus líderes
Neste domingo (25), o exército israelense ordenou bombardeios no sul do Líbano depois de detectar planos do grupo extremista Hezbollah para uma ofensiva contra Israel. Em resposta, o Hezbollah, com apoio do Irã, lançou um ataque massivo contra Israel, que imediatamente declarou estado de emergência.
O Hezbollah, designado como grupo terrorista por Estados Unidos, França e Alemanha, anunciou o início da “primeira fase” de um grande ataque contra Israel. O grupo disparou 320 foguetes e drones, atingindo 11 instalações militares israelenses.
O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, decretou um estado de emergência de 48 horas em todo o país, começando às 6h deste domingo. O aeroporto de Tel Aviv também suspendeu seus voos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os líderes do Hezbollah e do Irã devem entender que a resposta de Israel representa “um passo para mudar a situação no Norte” e que “isso não é o fim da história.”
Ataque
O Hezbollah declarou que a operação deste fim de semana foi “bem-sucedida e concluída.” As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que cerca de 100 caças atingiram e destruíram milhares de lançadores de foguetes do Hezbollah em mais de 40 locais. O exército israelense também relatou que um soldado da Marinha morreu e dois outros ficaram feridos no Norte do país durante os ataques.
Segundo o Hezbollah, a ofensiva, que incluiu o lançamento de mais de 300 foguetes “Katyusha” e drones, foi uma retaliação pelo assassinato de um de seus líderes, Fuad Shukr, em julho. Shukr, o número 2 do Hezbollah, morreu em Beirute durante um ataque israelense.
A imprensa local informou que o aeroporto de Tel Aviv suspendeu seus voos e ativou sirenes de alerta no norte de Israel. Moradores da região fronteiriça receberam instruções para deixar suas casas imediatamente.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou que o país não deseja uma guerra em “grande escala”. Porém Israel responderá conforme a evolução dos eventos. Os Estados Unidos prometeram defender Israel contra qualquer ataque do Irã e seus aliados, enquanto a ONU e o Egito expressaram preocupação com uma possível escalada do conflito no Oriente Médio.