Atletas de flag football se desdobram para participar do Mundial
A situação do flag football reflete a dura realidade do esporte amador no Brasil, onde muitas despesas recaem diretamente sobre os atletas e técnicos, que também são voluntários
A seleção brasileira de flag football, que agora é um esporte olímpico e considerado um “primo” do futebol americano, já encara um desafio importante no ciclo rumo aos Jogos de Los Angeles-2028. Na próxima semana, o Brasil inicia sua participação no Mundial da modalidade, na Finlândia. No entanto, tanto a federação quanto a comissão técnica e os atletas precisaram arcar com boa parte dos custos para viabilizar a viagem e a participação no campeonato.
A oportunidade de competir no Mundial é um sonho para todos os envolvidos, mas o custo é elevado, girando em torno de R$ 9,5 mil por pessoa. Esse valor inclui cerca de R$ 5 mil para as passagens aéreas e R$ 4,5 mil para taxas de inscrição, que cobrem hospedagem e alimentação. Os atletas, convocados de diferentes partes do Brasil, vêm se preparando há meses para essa competição.
Apesar de a CBFA (Confederação Brasileira de Futebol Americano) ter conseguido bancar uma parte dos custos, a entidade enfrenta dificuldades financeiras, sem subsídios federais ou patrocínios significativos. Funcionando essencialmente com o apoio voluntário de atletas e técnicos, a confederação e os envolvidos na seleção recorreram a iniciativas como vaquinhas, rifas e vendas de produtos para arrecadar fundos. Mesmo assim, a equipe feminina conseguiu juntar apenas uma pequena fração dos R$ 100 mil que pretendia.
A situação do flag football reflete a dura realidade do esporte amador no Brasil, onde muitas despesas recaem diretamente sobre os atletas e técnicos, que também são voluntários. Apesar das dificuldades, a determinação em participar do Mundial, visto como um ensaio para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, mantém todos os integrantes empenhados em representar o país.