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terça-feira, 27 de agosto de 2024
Redução da pOBREZA

Extrema pobreza cai 40% em 2023, mas desigualdades persistem

Redução significativa da extrema pobreza

Postado em 27 de agosto de 2024 por Vinicius Lima
Desigualdades
Queda da pobreza contrasta com persistente desigualdade de renda, gênero e raça no Brasil | Foto: Agência Brasil

Em 2023, a população em extrema pobreza no Brasil caiu 40% em comparação ao ano anterior, conforme dados do Observatório Brasileiro das Desigualdades divulgados nesta terça-feira (27). Esse grupo inclui pessoas com renda mensal domiciliar per capita de até R$ 109. Notavelmente, entre as mulheres negras, a redução foi ainda maior, chegando a 45,2%.

O Nordeste foi a região que mais se destacou, reduzindo a extrema pobreza de 4,7%, em 2022, para 2,7%, em 2023. Esses números foram obtidos através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo IBGE.

Desigualdade de renda persiste

Apesar dessa melhoria, a desigualdade de renda no Brasil continua alarmante. O 1% mais rico da população ainda ganha, em média, 31 vezes mais do que os 50% mais pobres. Contudo, o desemprego recuou 20% e o rendimento médio real aumentou 8,3% em 2023.

Diferenças salariais de gênero e raça

Mesmo com o crescimento salarial geral, as mulheres tiveram um ganho real de 9,6%, superior ao dos homens, que registraram 7,7%. No entanto, a remuneração feminina ainda é 27% menor que a masculina. Além disso, as desigualdades raciais também são preocupantes: pessoas negras ganham 41% menos que as não negras. Em um recorte mais específico, as mulheres negras recebem 57% a menos do que os homens não negros.

Esses dados ressaltam que, embora tenha havido avanços na redução da extrema pobreza, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos em termos de igualdade de renda, tanto de gênero quanto racial.

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