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sábado, 21 de dezembro de 2024
CONDENAÇÃO

Policiais condenados por morte de cantor em 2012, em Goiatuba

Após 15 horas de julgamento, três PMs recebem pena de 14 anos de prisão

Postado em 29 de agosto de 2024 por Vinicius Lima
policiais
Cantor Bony Júnior foi morto por PMs após perseguição em 2012 | Foto: Reprodução

Três policiais militares foram condenados a 14 anos e 3 meses de prisão pela morte do cantor Bony Júnior, em Goiatuba. O julgamento, que durou mais de 15 horas, resultou na condenação de Silmar Silva Gonçalves, André Luís Rocha e Aluísio Felipe dos Santos pelo homicídio qualificado de José Bonifácio Sobrinho Júnior, ocorrido em 28 de outubro de 2012.

No dia do crime, Bony Júnior, após beber com amigos em Panamá, dirigia em alta velocidade de volta a Goiatuba. A atitude chamou a atenção dos policiais, que iniciaram uma perseguição. Aluísio, acompanhado do colega Edson Silva da Cruz, solicitou apoio de uma viatura para interceptar o veículo do cantor. Na tentativa de parar Bony, a viatura de André Luís e Cléber Gomes de Oliveira atingida pelo carro do cantor. O impacto deixou Cléber gravemente ferido.

Após socorrer o colega, os policiais atiraram na cabeça de Bony Júnior, matando-o instantaneamente. Em seguida, eles tentaram forjar a cena do crime, colocando uma arma no carro da vítima para simular um confronto. No entanto, as investigações revelaram a farsa, levando à denúncia dos policiais pelo promotor Rodrigo Sé Patrício de Barros. Edson, que participou do crime, não julgado porque morreu durante o processo.

Em 2016, o primeiro julgamento desclassificou o crime para homicídio culposo, revoltando a família da vítima. O Tribunal de Justiça de Goiás anulou essa decisão, ordenando um novo júri. No entanto, a defesa tentou adiar o novo julgamento várias vezes, alegando imparcialidade dos jurados. Somente em 28 de agosto de 2024, o Tribunal do Júri de Goiatuba condenou os três policiais.

Além da pena de prisão, Aluísio, que ainda está na ativa, também perdeu o cargo. Após o trânsito em julgado, os réus deverão cumprir suas penas em um presídio militar, mas podem recorrer da sentença em liberdade.

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