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domingo, 22 de dezembro de 2024
Disputa Eleitoral

Sem PP, Vanderlan pode perder metade do tempo de TV

Candidato a prefeito de Goiânia, Senador trava queda de braço por legenda de Alexandre Baldy

Postado em 29 de agosto de 2024 por Yago Sales
Candidato a prefeito de Goiânia, Senador trava queda de braço por legenda de Alexandre Baldy | Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Na crônica política da corrida em Goiânia, o assunto mais proeminente às vésperas do início da veiculação de programas eleitorais em emissoras de rádio e tevê é a briga judicial envolvendo duas candidaturas em prol de uma sigla. 

Trata-se da disputa da candidatura de Sandro Mabel, do União Brasil, e do senador Vanderlan Cardoso, que buscam consenso judicial sobre legalidade da ata do PP na capital de composição do PP com a chapa de Cardoso. 

O mandado de segurança ainda não foi julgado pela Justiça Eleitoral. Ainda assim, causa preocupação no núcleo duro da campanha de Cardoso porque o tempo do PP corresponde à metade ao que o candidato teria acesso, sendo candidato do PSD. O vice dele, Paulo Daher, é do PP, e, decidido a continuar na coligação, irritou profundamente o presidente estadual da sigla, o governista Alexandre Baldy. 

Vale lembrar que o governo tem candidato: Sandro Mabel, justamente o principal interessado em ter, de vez, o PP – com todo o seu potencial de tempo de rádio e tevê. 

De acordo com consulta feita pelo jornal O Hoje no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) o Progressistas, que é presidido por Alexandre Baldy em Goiás, tem 49 segundos. Tudo isto por ter 47 representantes na Câmara dos Deputados, requisito para adquirir tempo de veiculação de material de campanha em rádio e tevê. 

Ao mesmo tempo, o PSD com 42 representantes na Câmara conseguiu 44 segundos e 47 centésimos. Claramente, perder o PP, causaria um rasgo enorme na estratégia de comunicação, sobretudo quanto ao poderio de artilharia e contra resposta em um período eleitoral. 

Relembre

O Progressistas, ou PP, de Alexandre Baldy vive um dilema judicial na corrida eleitoral em Goiânia. O presidente municipal da sigla, à revelia do estadual, Baldy, se pôs à disposição como vice da chapa de Vanderlan Cardoso (PSD) na disputa pelo pleito. 

Indignado, a executiva estadual procurou a justiça com o intuito de tomar a legenda de volta e anular atas que possam ter algum lastro legal, ou ilegal, que vincule a legenda com o projeto do senador Vanderlan. 

Baldy quer que a sigla siga a base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), ou seja, siga apoiando o candidato Sandro Mabel. Agora, a expectativa é que o mandado de segurança impetrado na Justiça pelo diretório estadual do Progressistas (PP) que pode permitir que a legenda seja confirmada na coligação União Por Goiânia, do Mabel. 

O mandado, apesar de gerar reflexos no processo eleitoral, restringe-se à legalidade do ato de afastamento sumário de Paulo Daher da presidência municipal do Progressistas. Um dos advogados que atuam neste caso, Wandir Allan explica que a expectativa é de que ainda nesta semana a Justiça Eleitoral de Goiás confirme o PP na coligação liderada por Mabel.

A inclusão do Progressistas na coligação de Vanderlan Cardoso (PSD) foi questionada judicialmente devido a não deliberação na convenção do partido, realizada em 4 de agosto. Nesta data, sequer houve a apresentação da proposta da composição de Paulo Daher como candidato a vice na chapa do PSD.

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