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sábado, 31 de agosto de 2024
Crime de ódio

Moradora de McDonald’s do Leblon é presa por racismo

“Ela chamou a minha filha de ‘preta nojenta’. ‘Pobre, preta, nojenta’”, disse uma das vítimas

Postado em 31 de agosto de 2024 por Rauena Zerra
As mulheres foram detidas por suspeita de racismo e levadas para a 14ª DP (Leblon) I Foto: Reprodução

Dois novos capítulos foram adicionados à saga das mulheres que “moram” no McDonald’s do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Na tarde desta sexta-feira (30), Bruna Muratori, de 31 anos, e sua mãe, Susane Paula Muratori Geremia, de 64, foram detidas por suspeita de racismo e levadas para a 14ª DP (Leblon). Susane foi presa em flagrante por injúria racial, enquanto Bruna foi liberada após prestar depoimento.

Um grupo de cinco adolescentes relatou que enquanto lanchavam foram alvo de ofensas racistas por parte da mulheres que frequentavam o estabelecimento.

As vítimas afirmaram que a confusão teve início após tirarem fotos das agressoras. Susane Paula Muratori Geremia, de 64 anos, e sua filha, Bruna Muratori, de 31 anos, que frequentavam o local com frequência, teriam se sentido incomodadas com a situação e proferido ofensas racistas contra as adolescentes.

“A gente sempre sofre um racismo ou outro, mas a gente costuma entubar, botar no bolso e viver. Só que agora foi muito direto. Ela chamou a minha filha de ‘preta nojenta’. ‘Pobre, preta, nojenta’”, disse uma das vítimas em entrevista à TV Globo.

De acordo com agentes do programa Leblon Presente, presentes no local, testemunhas corroboraram a versão das vítimas. Diante da gravidade das acusações, a Polícia Militar foi acionada e conduziu as envolvidas para a 14ª DP (Leblon).

Susane foi presa em flagrante por injúria racial, enquanto Bruna foi liberada após prestar depoimento, segundo informações do G1.

Da injúria racial ao calote

A mãe e a filha têm três registros de ocorrência de calotes em hotéis em Copacabana, de acordo com a Polícia Civil. 2018 e 2021 foram os anos em que as reclamações surgiram. Em todos os casos, eles foram expulsos por não pagar as diárias.

Em 2018, o Ministério Público gaúcho denunciou mãe e filha por injúria racial, e elas foram condenadas a um ano de prisão em regime aberto. A pena, no entanto, foi substituída por prestação de serviços comunitários.

Além disso, as investigações apontam que a filha, Bruna, alugou um imóvel mobiliado em Porto Alegre. Entre 2014 e 2018, mãe e filha moraram em um apartamento na Avenida Doutor Nilo Peçanha, no bairro Boa Vista.

 

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