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segunda-feira, 2 de setembro de 2024
Novos Empregos

Goiás lidera geração de empregos com quase 73 mil novos postos

O principal destaque é o setor de serviços, que empregou 27.059 pessoas, correspondendo a 37% de todos os novos postos de trabalho

Postado em 2 de setembro de 2024 por Alexandre Paes

Goiás criou 72.959 novos postos de trabalho de janeiro a julho de 2024, reflexo de 608.616 admissões e 535.791 desligamentos. Em relação ao mesmo período de 2023, houve um aumento de 15%, 9.531 empregos a mais em números absolutos. 

Com isso, o estado é líder por uma ampla margem na geração de empregos no Centro-Oeste, seguido por Mato Grosso (47.580), Distrito Federal (30.662) e Mato Grosso do Sul (22.092). No ranking nacional, Goiás está em sexto lugar. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (28/8).

“A indústria, o comércio e os serviços têm consolidado Goiás como líder na geração de empregos na região Centro-Oeste, reafirmando nosso compromisso com o crescimento econômico e a qualidade de vida para nossa população”, comemora o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho. 

Em 2024, o principal destaque é o setor de serviços, que empregou 27.059 pessoas, correspondendo a 37% de todos os novos postos de trabalho. Em seguida, vem a indústria, com 14.546 vagas, o ramo de construção (13.341), agropecuária (11.094) e comércio (6.787). Juntos, os setores de indústria, serviços e comércio representam uma parcela de 66,3% de todas as vagas criadas ao longo do ano.

Vagas no setor agroindustrial 

Um dos setores que mais tem contribuído para essa recuperação é o da produção de queijos artesanais. José Santos, de 35 anos, é um exemplo de como esse mercado em expansão tem transformado vidas. Após perder o emprego em uma indústria na capital, José decidiu retornar para sua cidade natal, no interior de Goiás, e investir no aprendizado da produção de queijos artesanais. “No começo, foi difícil adaptar-me a essa nova realidade, mas hoje posso dizer que foi a melhor decisão da minha vida. O mercado está aquecido, e o queijo goiano é muito valorizado”, comenta José, que hoje emprega três funcionários em sua pequena fábrica.

Outro caso é o de Maria Souza, de 28 anos, que conseguiu sua primeira oportunidade de emprego formal em uma fazenda produtora de laticínios na região do Sudoeste goiano. Maria, que cresceu em um assentamento rural, sempre sonhou em trabalhar com produção de alimentos, mas as oportunidades eram escassas. “Quando vi a chance de trabalhar com queijos artesanais, não pensei duas vezes. Aprendi tudo do zero e, agora, sou uma das responsáveis pela produção de queijos finos. É uma grande satisfação ver o reconhecimento que nosso trabalho tem conquistado dentro e fora do estado”, relata.

Além do setor de queijos, o agronegócio continua sendo uma grande fonte de geração de emprego em Goiás. João Carlos, de 42 anos, voltou ao mercado de trabalho após um período desempregado, ao conseguir um emprego em uma fazenda produtora de grãos. “O agronegócio goiano é muito forte, e eu sabia que poderia encontrar uma oportunidade aqui. Acredito que o setor ainda tem muito potencial para crescer e gerar empregos”, afirma João, que agora trabalha com tecnologia agrícola, ajudando a implementar novas técnicas de plantio.

O comércio, outro setor em crescimento, também tem sido um grande empregador. Carla Mendes, que trabalhou como caixa em um supermercado na capital goiana, viu sua vida mudar após um curso de capacitação oferecido pelo governo estadual. Ela foi promovida a gerente de vendas e hoje é responsável por uma equipe de 15 pessoas. “Investir em qualificação foi fundamental. O mercado está em expansão, mas é preciso estar preparado para as novas exigências. Hoje, vejo muitas portas abertas para quem está disposto a aprender e se adaptar”, destaca Carla.

Março foi o período mais abundante, ao marcar um saldo positivo de 15.718 empregos gerados unicamente ao longo daquele mês, acompanhado por janeiro (14.130), fevereiro (13.722), abril (13.491), junho (8.605), julho (5.541) e maio (1.752).

Brasil

O mercado formal brasileiro apresentou em julho um saldo de 188.021 postos de trabalho, reflexo de 2.187.633 admissões e 1.999.612 desligamentos, acumulando no ano um saldo de 1.492.214 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, agosto de 2023 a julho de 2024, foram gerados no país um total de 1.776.677 empregos, resultado 13% maior que o saldo observado no período de agosto de 2022 a julho de 2023, quando foram gerados 1.572.564 postos de trabalho.

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