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sábado, 21 de dezembro de 2024
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Crescimento economico

Economia brasileira deve crescer 1,85% em 2025, aponta Boletim Focus

A taxa Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica

Postado em 3 de setembro de 2024 por Alexandre Paes

As previsões do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano passaram de 2,43% para 2,46%. A avaliação consta do Boletim Focus, pesquisa publicada semanalmente pelo Banco Central (BQ) com projeções para os principais indicadores econômicos. Para 2025,  o crescimento esperado do Produto Interno Bruto (PIB – soma dos bens e serviços produzidos no país) é  de 1,85%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro também prevê crescimento do PIB de 2% para ambos os  anos.  

Em 2023, superando as previsões, a economia brasileira cresceu 2,9%, com  valor total de 10,9 trilhões de reais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento foi de 3%. A  cotação esperada do dólar é de R$ 5,33 ao final deste ano. Ao final de 2025, a  moeda norte-americana deverá estar em R$ 5,30. 

Inflação 

Nesta edição do Focus, a previsão do Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPC) – levando em conta a inflação oficial do país – para 2024 passou de 4,25% para 4,26%. Para 2025, a projeção de inflação era de 3,92%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.  

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro da tolerância, que a Colúmbia Britânica deve continuar a perseguir. Estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (KMN), a meta é de 3% para este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. 

Ou seja, o limite inferior é de 1,5% e o limite superior é de 4,5%.  A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de metas recorrentes, o que significa que o CMN não precisará mais fixar meta de inflação todos os anos. O conselho fixou o centro da meta de repetição em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em julho, puxado principalmente pelo preço da gasolina, passagens de avião e energia elétrica, a inflação do país foi 0,38% , após ter registrado 0,21% em junho. De acordo com o IBGE, em 12 meses, o IPCA acumula 4,5%, no limite superior da meta de inflação. A inflação de agosto será divulgada na próxima segunda-feira (9).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante de um ambiente externo adverso e do aumento das incertezas econômicas, na última reunião no fim de julho, o BC decidiu pela manutenção da Selic, pela segunda vez seguida, após um ciclo de sete reduções que foi de agosto de 2023 a maio de 2024.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta no preço de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete reuniões seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Antes do início do ciclo de alta, em março de 2021, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. O índice ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. A próxima reunião do Copom está marcada para 17 e 18 de setembro.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9,5% ao ano e 9% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta à taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais alta também podem dificultar a expansão da economia.

A taxa Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

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