Goiânia tem 62 notificações de variantes da Mpox e 5 casos confirmados
A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral rara que pertence à mesma família do vírus (MPXV)
O Ministério da Saúde instituiu um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), o Centro é responsável por coordenar e acompanhar o progresso da nova variante Cepa 1b da Mpox no Brasil. Sem implicar necessariamente em uma nova pandemia, a classificação ajuda a estimular uma resposta internacional coordenada para lidar com a doença. Essa criação surgiu após a Organização Mundial da Saúde(OMS) declarar, em agosto de 2024, a Mpox como Emergência Pública de Importância Internacional (ESPII).
Até o momento Goiânia não registrou nenhum caso da nova variante, Cepa 1b, porém o monitoramento é contínuo. Em razão do comunicado emitido pela OMS, os profissionais da área da saúde, ao se depararem com lesões que apresentem dificuldade de distinção entre varicela e Mpox, devem reportar o caso como Mpox, visando assegurar a coleta e análise laboratorial adequadas. Caso o diagnóstico não seja confirmado posteriormente, o caso é descartado.
Apesar de não existirem registros de casos confirmados da variante Cepa 1b, segundo a Secretaria Municipal de Goiânia, desde janeiro, a Capital teve 62 notificações e outras variantes dos quais 5 casos foram confirmados, este número reflete 8,06% de casos positivos. O número maior de notificações pode ser atribuído a várias causas, por exemplo, as doenças que também causam lesões na pele, como a varicela, estão entre essas causas.
As confirmações ocorreram majoritariamente no início do ano. Em janeiro, foram recebidas onze notificações e três casos foram confirmados. Em fevereiro, três notificações foram enviadas e um caso foi confirmado. Março registrou oito notificações sem nenhuma confirmação. O mês de abril marcou sete notificações e um caso foi confirmado. Em maio e junho, registraram respectivamente seis e quatro notificações das quais nenhuma foi confirmada. Em julho, uma notificação foi recebida sem confirmação. Em agosto, foram registradas 22 notificações e nenhum caso confirmado.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO, divulgou que em 2024, Goiás registrou 847 notificações de Mpox, com 12 confirmações no total. Apesar de não ter registrado óbitos, em 2023 a Mpox marcou 101 casos confirmados. Já em 2022, 557 casos foram confirmados, apesar do alto número de registros, Goiás não possui óbitos pela doença. A pesquisa foi realizada com base nos dados publicados pelos municípios no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
Entenda a Mpox
A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral rara que pertence à mesma família do vírus (MPXV). Embora seja geralmente menos grave que a varíola, a Mpox pode levar a complicações sérias em alguns casos. Os principais sintomas incluem febre, dores de cabeça e no corpo, fraqueza, erupções cutâneas e linfadenopatia, que é o inchaço dos gânglios linfáticos. Entre os principais fatores que contribuem para essas complicações estão o estado do sistema imunológico do paciente e a gravidade da infecção. Casos graves são mais comuns em crianças e estão ligados ao quanto elas foram expostas ao vírus e à sua saúde geral.
A transmissão pode ocorrer através do contato direto com lesões cutâneas, bolhas, crostas ou fluidos corporais de indivíduos infectados. Além disso, o compartilhamento de objetos contaminados, como roupas ou utensílios, também pode facilitar a propagação do vírus. Para se proteger, o mais importante é evitar o contato direto com pessoas infectadas. O vírus se espalha, principalmente, através do contato direto com a pele ou com objetos pessoais de alguém que está com a doença. Pessoas suspeitas ou confirmadas com a doença devem ficar isoladas, e suas roupas, lençois e outros objetos pessoais devem ser bem limpos, fervidos ou lavados com água e sabão para evitar a propagação da doença.
É fundamental que qualquer pessoa que suspeite estar infectada procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e possível confirmação do diagnóstico. Em caso de confirmação, é essencial seguir rigorosamente as medidas preventivas, como o isolamento e o não compartilhamento de objetos pessoais, para prevenir a disseminação do vírus.