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terça-feira, 19 de novembro de 2024
Operação Caronte

Prefeito de Criciúma é preso por suspeita de fraude e corrupção

Operação que terminou com a detenção de Clésio Salvaro investiga uma organização criminosa acusada de fraudes no serviço funerário

Postado em 3 de setembro de 2024 por Luana Carvalho
Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. | Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (3), uma operação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) resultou na prisão preventiva de dez pessoas em Santa Catarina. Entre os detidos está o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD). A ação ocorre em cidades de diferentes regiões do estado, incluindo Jaraguá do Sul, São José e Florianópolis.

A administração municipal de Criciúma ainda não recebeu uma notificação oficial sobre os detalhes da operação. Em resposta, a equipe de Salvaro publicou um vídeo em que o prefeito nega qualquer envolvimento em atividades criminosas e sugere que a prisão tem motivações políticas. Salvaro, atualmente em seu segundo mandato, está impedido de buscar a reeleição.

A operação de hoje é uma continuação da Operação Caronte, iniciada em 5 de agosto, que já havia resultada em buscas na prefeitura de Criciúma e na residência do prefeito, além de sete prisões preventivas. A investigação visa combater uma organização criminosa supostamente envolvida na concessão de serviços funerários na região.

Os detidos desta manhã foram submetidos a exame de corpo de delito e estão no sistema prisional aguardando audiência de custódia. A operação também contou com o apoio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos.

Primeira fase da operação

A primeira fase da Operação Caronte, deflagrada em 5 de agosto, incluiu o cumprimento de sete mandados de prisão preventiva. Além de 38 mandados de busca e apreensão. As investigações começaram em 2022 e revelaram indícios de fraudes licitatórias e contratuais, corrupção e crimes contra a ordem econômica no setor funerário de Criciúma.

Na segunda fase, o Ministério Público denunciou os envolvidos na etapa anterior em 20 de agosto por crimes como organização criminosa e corrupção. A lista de suspeitos inclui empresários e agentes públicos, mas os nomes dos demais envolvidos ainda não foram divulgados.

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