Na noite desta terça-feira (3), o 13° Batalhão de Polícia Militar prendeu em Goiânia, no bairro Floresta, um homem de 34 anos. Acusam o padrasto de manter relações abusivas com sua enteada de 12 anos e de ameaçar a vítima de morte para que ela não revelasse os abusos.

A situação veio à tona quando a menina, apesar das ameaças, decidiu contar os abusos à sua mãe. Imediatamente, a mãe acionou a Polícia Militar, que prontamente iniciou as diligências para localizar o suspeito. O padrasto foi encontrado e preso pela polícia, sendo encaminhado à delegacia local. Agora, ele enfrenta investigação para apuração detalhada dos crimes que cometeu.

Outro caso

Em julho, prenderam um padrasto por suspeita de estupro de vulnerável contra sua enteada. Também prenderam a mãe da vítima por suspeita de omissão. O crime teria ocorrido durante uma década, em Aparecida de Goiânia. Os suspeitos, que estavam foragidos, foram detidos em Mesquita, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

A investigação policial demonstrou que o investigado, padrasto da vítima, por cerca de 10 anos, praticou atos libidinosos e conjunção carnal com a enteada. A vítima, por inúmeras vezes, pediu ajuda para a genitora, a qual prometia resolver a “situação”, mas não tomou providências para impedir que o abuso sexual continuasse.

Violência contra menores

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, aproximadamente 320 crianças e adolescentes são vítimas de exploração sexual a cada 24 horas. No entanto, esse número pode ser ainda maior, visto que apenas 7% dos casos são efetivamente denunciados. O relatório destaca que 75% das vítimas são meninas, sendo a maioria delas negras.

A nível nacional, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública mais recente revela que 61,4% dos 74.930 casos de estupro registrados envolvem vítimas com até 13 anos de idade, e 10,4% desses casos envolvem crianças menores de quatro anos.

Em 2023, o Disque 100 recebeu quase 430 mil denúncias, um aumento de 45,39% em relação ao ano anterior. Destas denúncias, 53,14% referem-se a violações contra crianças e adolescentes, conforme informações fornecidas pelo Governo Federal.