79% das mulheres já fingiram ter um orgasmo
O estudo também revelou que 29% das mulheres não se masturbam, com 62% delas relatando desconforto com a prática
Uma nova pesquisa realizada pela ONG Think Eva em 2023 revelou dados preocupantes sobre o conhecimento e a satisfação sexual das mulheres brasileiras. Segundo o estudo, 32% das mulheres não sabem o que são zonas erógenas, enquanto 79% já fingiram ter um orgasmo. A pesquisa destaca a falta de informação e a pressão social como fatores significativos na experiência sexual feminina.
Uma pesquisa conduzida pela Hibou trouxe à tona que 64% das mulheres envolvidas em relacionamentos e 97% das participantes que já iniciaram a vida sexual enfrentam desafios relacionados ao prazer e ao auto-conhecimento sexual. Ligia Mello, coordenadora da pesquisa da Hibou, enfatizou a influência contínua da sociedade na sexualidade feminina. “Percebemos que a sociedade ainda tem grande poder quanto à sexualidade feminina. Muitas mulheres colocam seus parceiros à frente dos seus próprios interesses sexuais e buscam agradar ao outro”, afirmou Mello.
As principais dificuldades para atingir o orgasmo está a pressa para concluir o ato sexual (53%), o desejo de agradar ao parceiro (30%), evitar explicações sobre suas preferências (17%) e constrangimentos pessoais (15%). Sobre a masturbação, 71% das mulheres afirmaram que a prática é parte de sua rotina, destacando os benefícios como o autoconhecimento e o alívio de estresse e tensões. Dentre essas, 96% relatam conseguir atingir orgasmos por meio da masturbação. O estudo também revelou que 29% das mulheres não se masturbam, com 62% delas relatando desconforto com a prática, 9% acham errado e 7% não encontrando prazer na atividade.
Masturbação feminina
A masturbação é uma prática saudável e recomendada por especialistas. O estigma e o desconhecimento sobre a masturbação e a sexualidade feminina em geral ainda são barreiras significativas para o bem-estar sexual das mulheres. Na entrevista 42% veem a masturbação como uma ação natural, enquanto 21% a consideram um método de autoconhecimento sexual. 12% a enxergam como uma forma de alcançar prazer na ausência de parceiros, e 6% a encaram como uma modalidade de sexo como qualquer outra. No entanto, 11% dos entrevistados ainda não refletiram sobre o tema e 2% se sentem envergonhados com a prática.