O Exército de Israel afirmou nesta última terça-feira (10) que é altamente provável que disparos israelenses tenham “acidentalmente” matado uma ativista americana na semana passada. O ato aconteceu durante um protesto na Cisjordânia ocupada por Israel. O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que a morte foi “inaceitável”.
Nesse sentido, na crítica mais dura que os EUA fizeram a Israel sobre a morte da ativista Aysenur Ezgi Eygi, de 26 anos, Blinken afirmou que “ninguém deve ser morto por participar de um protesto”. Blinken ressaltou que Aysenur foi a segunda cidadã americana morta por forças de segurança israelenses nos últimos anos, após uma jornalista palestino-americana ter sido fatalmente baleada na Cisjordânia em 2022. “As forças de segurança israelenses precisam fazer algumas mudanças fundamentais na maneira como operam na Cisjordânia, incluindo mudanças em suas regras de engajamento”, disse Blinken, em uma coletiva de imprensa em Londres.
Declaração de Israel
Além disso, o exército israelense, em declaração sobre sua investigação inicial sobre a morte de Aysenur na última sexta-feira (6), expressou pesar por sua morte. O exército israelense afirmou que pretendia atingir uma pessoa descrita como a “instigadora principal” do protesto, classificado como um “motim violento”.
No entanto, testemunhas oculares contestaram veementemente as justificativas de Israel para abrir fogo, afirmando que os confrontos já tinham terminado quando Aysenur foi baleada e que ocorreram em um local diferente. Eles contaram ainda que Aysenur e outros manifestantes estavam a mais de 180 metros dos soldados. Estes, estavam em uma posição elevada, quando o tiro fatal foi disparado.
Antes de tudo, os palestinos há muito tempo dizem que Israel usa força excessiva contra eles em confrontos e protestos na Cisjordânia. Entretanto, a morte de Aysenur colocou a questão em destaque. Um relatório de autópsia obtido e revisado pelo The New York Times revelou que uma bala atingiu a cabeça de Aysenur perto da orelha esquerda. A divisão de investigação criminal da polícia militar israelense está investigando o episódio. Eles compartilhararão as descobertas com os promotores militares posteriormente, disse o exército israelense.
Fonte: Associated Press. Com informações da Agência Estado.
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