La Niña tem 60% de chance de ocorrer
O fenômeno pode ajudar a diminuir calor atual no Brasil
Nesta quarta-feira (11), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou que há uma probabilidade de 60% de que o fenômeno La Niña se manifeste no final deste ano. A agência da ONU, no entanto, alertou que o aquecimento global continua a ser uma preocupação a longo prazo.
La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas na faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. O fenômeno se configura quando há uma redução de pelo menos 0,5°C na temperatura das águas oceânicas. Esse fenômeno tende a ocorrer a cada 3 a 5 anos.
Para o Brasil, os efeitos clássicos do La Niña são:
- Aumento de chuvas no Norte e no Nordeste;
- Tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares;
- Tendência de tempo mais seco no Sul;
- Condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.
Especialistas estão avaliando como o La Niña se desenvolverá e se realmente se confirmará como um fenômeno La Niña. “Em teoria, o La Niña tende a intensificar as chuvas no Norte e Nordeste do Brasil, abrangendo toda a região norte do país e parte da América do Sul. No entanto, os efeitos no clima global não são tão diretos”, comentou o meteorologista da Climatempo Fábio Luengo
Luengo observa que, ao contrário da previsão da OMM, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) prevê que o La Niña atinja seu ponto máximo entre novembro e janeiro, com uma probabilidade de 74% em dezembro. Mesmo assim, ele ressalta que o fenômeno não deverá ser nem muito intenso nem prolongado.