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quarta-feira, 20 de novembro de 2024
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História

Mapa com mais de 2 mil anos cita Arca de Noé

O mapa, com dimensões de 12,2 cm por 8,2 cm, foi encontrado em 1881 durante as escavações em Sippar

Postado em 13 de setembro de 2024 por Leticia Marielle
Mapa com mais de 2 mil anos cita Arca de Noé. | Foto: Reprodução

Pesquisadores decifraram o mapa mais antigo do mundo, datado entre 2.600 e 2.900 anos atrás, durante o Império Neobabilônico, após séculos de estudo. Escrito em uma tábua de argila, o mapa posiciona a Babilônia como o centro do universo. Seus desenhos e inscrições ilustram a Mesopotâmia, o Rio Eufrates, além de criaturas que fazem referências à versão babilônica da história da arca de Noé.

O arqueólogo Hormuzd Rassam descobriu o mapa, com dimensões de 12,2 cm por 8,2 cm, em 1881 durante escavações em Sippar, no Iraque. No ano seguinte, o Museu Britânico adquiriu o mapa e o tem estudado desde então.

A tábua exibe uma visão aérea da Mesopotâmia e contém vários parágrafos em escrita cuneiforme (forma de escrita mais antiga conhecida), tanto no verso quanto acima do diagrama do mapa. Esses textos descrevem a criação da Terra e as crenças do autor sobre o que existia além dela.

Pesquisa do artefato

Apesar de fragmentada, a maior parte do informação foi reconstruída pelos pesquisadores. O mapa inclui representações da Mesopotâmia e do Rio Eufrates e mostra territórios cercados pelo que os criadores descreveram como o “Rio Amargo”, possivelmente o oceano.

A parte superior do mapa é descrita como uma região onde “o Sol não é visto”. O autor também ilustrou o que acreditava existir fora do mundo conhecido, incluindo monstros e criaturas míticas.

Segundo o Museu Britânico, o texto inicial do mapa parece descrever os habitantes, sejam divinos, humanos, animais ou monstros, das áreas além da terra, incluindo as oito “regiões” e o “Rio Amargo”, possivelmente associadas ao submundo ou a suas águas.

Os babilônios antigos acreditavam que os restos da arca, construída em 1.800 a.C. por sua versão de Noé estariam localizados além do “Rio Amargo”, na parte traseira de uma montanha, que seria a mesma onde, segundo a Bíblia, a Arca de Noé teria pousado.

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