Luckin Coffee, o “Starbucks da China,” investirá US$ 2,5 bilhões em café brasileiro, afirma ApexBrasil
Acordo será anunciado oficialmente durante a reunião do G20 no Brasil
A maior rede de cafeterias da China, Luckin Coffee, planeja firmar um acordo para comprar US$ 2,5 bilhões em café do Brasil. O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, revelou a informação nesta terça-feira (17). O anúncio oficial deve ocorrer durante a reunião do G20, em novembro, no Brasil.
A Luckin Coffee, conhecida por sua popularidade e alcance semelhantes aos da Starbucks, já havia fechado um compromisso em junho para adquirir 120 mil toneladas de café brasileiro, totalizando US$ 500 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A rede, que possui 16 mil lojas na China, é atualmente a principal importadora de café brasileiro no país.
O investimento mencionado por Viana representa um montante significativo, considerando que a receita obtida com todas as exportações de café do Brasil, de janeiro a agosto, atingiu US$ 7,23 bilhões, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No entanto, ainda não está claro o prazo e os volumes específicos envolvidos nesse novo acordo.
A demanda por café brasileiro na China tem crescido, acompanhando o aumento do consumo nas cafeterias do país asiático. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o consumo total de café na China aumentou 15% na temporada 2022/23. Chegando a mais de 3 milhões de sacas de 60 kg. Já as importações chinesas de café brasileiro triplicaram em 2023, totalizando 1,48 milhão de sacas. Tornando a China o sexto maior comprador do Brasil, comparado ao 20º lugar no ano anterior. Contudo, no acumulado de 2024 até agosto, as exportações para a China cresceram modestos 2,9%, com um total de 641 mil sacas e uma receita de US$ 139,2 milhões.