O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
PublicidadePublicidade
Eleições 2024

Mabel traz esperança à base governista que não elege prefeito há 20 anos

Sandro Mabel tem se destacado ao ampliar intenções de voto em Goiânia. Enquanto demonstra competitividade, Mabel nutre esperança da base em quebrar o tabu ao eleger indicado ao Paço Municipal da capital

Postado em 18 de setembro de 2024 por Francisco Costa
Sandro Mabel tem se destacado ao ampliar intenções de voto em Goiânia. Enquanto demonstra competitividade, Mabel nutre esperança da base em quebrar o tabu ao eleger indicado ao Paço Municipal da capital | Foto: Divulgação

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) pode quebrar um tabu de mais de 20 anos e eleger o prefeito de Goiânia, neste pleito. Isso, porque pesquisas indicam a competitividade do nome dele ao Paço, o empresário Sandro Mabel (União Brasil).

Não é exagero dizer que existem pesquisas para todos os gostos, mas as posições de Sandro têm sido cada vez mais altas entre as mais tradicionais. E os dados já empolgam a base caiadista.

A última vez que um candidato a prefeito pela capital venceu com o apoio do governador foi em 2000. À época, Pedro Wilson (PT) superou Darci Accorsi (PTB) no segundo turno com 55,76% dos votos válidos.

Pedro teve o apoio do governador em primeiro mandato, Marconi Perillo (PSDB). Darci, por sua vez, tinha o ex-governador Iris Rezende (MDB) como cabo eleitoral.

Em 2004, contudo, a situação não se repetiu. Iris Rezende entrou no páreo e garantiu a vitória sobre Pedro Wilson, que tentava a reeleição, com 56,71% a 43,29% em segundo turno.

A partir daquele momento, começou a tradição – ou maldição – do governador do Estado não eleger o prefeito da capital. Em 2008, inclusive, Iris Rezende se reelegeu com 74,16% dos votos ainda em primeiro turno. O segundo colocado foi Sandes Júnior (PP), candidato do então governador Alcides Rodrigues, sucessor de Marconi.

Antes do páreo, todas as pesquisas já indicavam a vantagem de Iris. Ainda assim, em agosto daquele ano, Alcides acreditava no sucesso de Sandes durante o “lançamento oficial” da campanha: “Começa agora a campanha. E será a campanha da virada.” Não virou.

Em 2012, Iris fez o sucessor. O então vice, Paulo Garcia, se tornou prefeito. Ele venceu em primeiro turno com 57,68%. Jovair Arantes, então no PTB, era o candidato da base de Marconi Perillo, que retornou ao governo nas eleições de 2010. Ele ficou em segundo lugar, com 14,25%.

Em entrevista naquele ano, já como candidato, ele comentou o apoio de Marconi – que sofria desgastes pela Operação Monte Carlo. “O governador é um grande companheiro que eu tenho. Um aliado histórico nosso na política de Goiás, um grande líder, um jovem muito inteligente, competente, e vejo que ele está recebendo bullying político da pior qualidade no Brasil. Outros que estão sendo investigados da mesma forma que ele não têm o mesmo tratamento. Eu acho que a presença dele, a ajuda que ele dá e o alinhamento dele comigo, com a minha experiência política, com governo estadual e governo federal, nós vamos fazer um trabalho magnífico na cidade, fazendo com que Goiânia resolva seus problemas crônicos que aí estão.” A situação pode ter impactado na campanha.

‘Tradição’ continua

Quatro anos depois, em 2016, houve o retorno de Iris à prefeitura. O emedebista levou a melhor sobre Vanderlan Cardoso, então no PSB, por 57,7% a 42,3% no segundo turno. O hoje senador tinha o apoio de Marconi. “A maioria dos projetos que nós estamos apresentando tem a participação tanto do governador, como ação efetiva do Governo do Estado”, citou, inclusive, durante entrevista naquele ano.

E Vanderlan (já no PSD) tentou, novamente, em 2020, mas com o apoio do governador Ronaldo Caiado. Mais uma vez, o gestor estadual não fez o nome para a prefeitura de Goiânia.

Maguito Vilela (MDB) foi eleito, em segundo turno, com 52,6%. Vanderlan, na segunda posição, teve 47,4%. Em janeiro de 2021, contudo, o emedebista morreu em decorrência da Covid-19 e assumiu Rogério Cruz (Solidariedade).

Apoio de Caiado

Muito se discutiu até que chegar ao nome de Mabel. A base trabalhou pela filha de Iris Rezende, a advogada Ana Paula Rezende (MDB), e pelo ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB). A primeira não quis e o segundo esbarrou em impedimento da Justiça Eleitoral, por já ter sido eleito e reeleito nos anos anteriores, mesmo que em outra cidade.

O grupo chegou a lançar o ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB), mas que teve desgastes em relação de operações policiais. Quase no apagar das luzes, o escolhido foi Sandro Mabel. O empresário começou devagar nos levantamentos, mas foi ganhando espaço e hoje briga nas cabeças. Caiado pode, enfim, superar a máxima de que governador não faz prefeito em Goiânia.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também